Policial

Agentes de Cascavel em presídios do Amazonas

Agentes de todo o Estado representam quase metade da força-tarefa no Amazonas

Agentes de Cascavel em presídios do Amazonas

Dois agentes penitenciários de Cascavel que atuam na PEC (Penitenciária Estadual) e integram o SOE (Setor de Operações Especiais) embarcaram em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e foram levados para o Amazonas, onde estão há pouco mais de duas semanas. Eles integram a força-tarefa convocada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública logo após as chacinas que ocorreram em presídios e cadeias públicas do Estado mês passado, fruto de uma guerra entre dissidentes de uma facção que deixou 55 presos mortos com requinte de crueldade.

Preparados para agir em ações de contingenciamento e gerenciamento de crises nas cadeias, os profissionais de Cascavel compõem o grupo de nove agentes de todo o Estado que devem permanecer lá por cerca de 90 dias. Ao todo, a força-tarefa conta com 20 agentes de todo o País.

Como a intervenção nas penitenciárias no Amazonas não tem data para acabar, assim que os dois cascavelenses retornarem a expectativa é para que outros dois sigam para exercer as funções.

O Paraná tem participado ativamente em todos os processos de intervenção nos presídios em crise pelo Brasil por ter um trabalho considerado de referência em situações como as registradas no Amazonas. Agentes daqui também já participaram das intervenções nos presídios do Ceará e em Roraima no início deste ano.

A atuação

O SOE foi criado em 2015 para atuar no gerenciamento de crises em presídios, a princípio em unidades paranaenses.

Ele foi idealizado logo após a rebelião sangrenta que matou cinco pessoas em agosto de 2014 na PEC, em Cascavel, e que deixou dezenas de feridos. Além das vítimas, a penitenciária ficou completamente destruída com a ação dos apenados em motim por três dias seguidos. Em novembro de 2017, outra rebelião na PEC proporcionou danos um pouco menores graças à intervenção rápida das forças de segurança e do SOE. Na primeira rebelião, cinco presos foram mortos; na segunda, apenas um.

Reportagem: Juliet Manfrin