A gosto de Deus. É exatamente este o prazo que a população de Cascavel pode esperar para ver, enfim, as obras de ampliação da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel). A informação foi confirmada ontem pela assessoria de imprensa da Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária) a reportagem do Hoje News.
Segundo a assessoria, o projeto que prevê a realização de obras na PIC está na CEF (Caixa Econômica Federal) para a última conferência. Somente após isso, que não tem prazo definido, é que o projeto será encaminhado para a Paraná Edificações para a assinatura do contrato, para posterior início dos trabalhos.
Em julho, a mesma assessoria já havia garantido ao Hoje News que as obras começariam em agosto, o que não ocorreu. O motivo seria uma reprogramação de todo processo junto a empresa responsável pela obra.
A obra era para ter sido entregue há mais de dois anos e a retomada oficial foi anunciada em abril deste ano pelo Governo do Estado. Ela faria parte da ampliação do sistema penitenciário do Paraná em cerca de sete mil vagas. Em Cascavel, segundo a Sesp, serão criadas 334 novas vagas.
Melhorias
As melhorias na PIC tiveram início em abril de 2014, antes mesmo da rebelião da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), em agosto do mesmo ano. A previsão à época é de que elas estivessem concluídas ainda no primeiro semestre de 2015, o que não aconteceu.
Na época, o Governo do Estado alegou que o Governo Federal não teria feito os repasses necessários ao Paraná e, por conta de uma crise econômica entre 2014 e 2015, todos os investimentos também foram suspensos pelo Estado. A previsão inicial é de que a ampliação esteja concluída em 2018 com um custo em torno de R$ 6,2 milhões.
Ampliação
Segundo arquivos do Jornal Hoje, a responsável pela obra de ampliação da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel) é a Doliwa e Dias Ltda. No início das obras o custo inicial era estimado em R$ 3,7 milhões, mas, por conta dos atrasos por parte do Governo, a construtora que iniciou a ampliação em abril de 2014 ficou no local por um ano e deixou somente 13% da obra concluída. Para a retomada, um estudo deve ser feito para avaliar se a estrutura deixada há mais de dois anos poderá ou não ser reaproveitada.