Enquanto assistimos às novidades da inteligência artificial, aprendemos a conviver com assistente pessoal digital em casa, tentamos entender e nos atualizar com tanta tecnologia à nossa volta, um inseto minúsculo tira o sono de autoridades e coloca o Estado todo em alerta.
Apesar de tantos avanços nas mais diferentes áreas, não conseguimos dar conta de um mosquito que derruba milhares de pessoas e pode matar.
Um desafio que mobiliza todo o Paraná. Acabar com o Aedes aegypti e tentar conter a epidemia anunciada ante o crescimento preocupante dos casos de dengue na maioria das cidades.
A história mostra a resistência do inseto. Originário do Egito, ele se espalhou pelo mundo no século XVI, período das grandes navegações. Relatos da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano aconteceu no Peru no início do século XIX, com surtos no Caribe, nos Estados Unidos, na Colômbia e na Venezuela.
Até hoje não há muitos inseticidas eficazes disponíveis para acabar com o mosquito. Tanto que ainda o combatemos da maneira mais simples e tradicional: mantendo o quintal limpo e sem recipientes que acumulem água para evitar que ele se reproduza.
Historicamente, percebe-se um movimento interessante no comportamento da doença. Um ano de epidemia seguido de um ano de calmaria. Ou seja, quando o problema aparece, todos se unem e fazem a lição de casa. No ano seguinte, relaxam e o mosquito reaparece e o caos acontece.
A preocupação aumenta mais agora porque a doença mudou e ficou ainda mais perigosa. Parece loucura, mas em pleno século XXI, ainda somos derrubados por mosquitos.