A falta de motivação, o comprometimento do fluxo de informações, a falta de sucesso, entre outros, não são, afinal, considerados circunstâncias patológicas no sentido clínico da palavra.
Se, no entanto, considerarmos a terapia como processo que propicia mudanças, temos uma situação completamente diferente. Não somente a palavra “terapia” perde a conotação de “doença”, que, para muitos, ainda existe, mas muitas interações completamente não terapêuticas passarão, de repente, a ser equiparadas a intervenções terapêuticas: uma conversa esclarecedora entre amigos, um acontecimento comovente, um encontro importante com uma pessoa, tudo isso, para nós, pode ter caráter terapêutico, se avaliarmos a “terapia” a partir da qualidade da mudança gerada.
Lembrei-me de um evento passado, num feriado de Páscoa que, além de aproveitar a família e agradecer as conquistas, pude exercitar algo que considero vital, o network, que indica a capacidade de alguém estabelecer uma rede de contatos genuína ou uma conexão com algumas pessoas.
Nesta conexão com um vitorioso profissional na área médica, além de ser um ser humano inspirador, discorremos sobre sucesso e uma frase me chamou muito a atenção: “Todos torcem para que você tenha sucesso na sua vida, até você alcançar o sucesso”.
Na hora, a reflexão da minha vida veio à tona. As pessoas torcem por você, mas, quando você alcança o sucesso, parece que assusta os outros e até mesmo você. E, nesse sentimento de susto múltiplo, muitas pessoas que atingem o sucesso tão desejado se boicotam ou desistem.
Se você é que se boicota quando atinge o sucesso para não ofender ou não mais pertencer a este ou aquele grupo de pessoas, imediatamente pense: “Quais são essas pessoas que não estão preparadas para o meu sucesso?” Afaste-se, dê um tempo dessas pessoas, mas não do seu sucesso.
Portanto, uma mera ida ao cinema, por mais emocionante que seja o filme, distingue-se da terapia num aspecto importante: a configuração terapêutica age de forma direcionada. Isso significa: há um determinado problema que deverá ser resolvido no âmbito de um determinado número de sessões. Para isso, aplica-se uma determinada forma de terapia, ou seja, uma determinada metodologia.
As metodologias são instruções para alcançar metas previamente definidas. Como tais, elas precisam necessariamente ser generalizadas. Um processo adequado para soldar peças de metal, por exemplo, não deve buscar sua utilização somente na engenharia náutica, mas deve ser passível de aplicação onde quer que peças metálicas isoladas devam ser unidas para formar unidades maiores. Em geral, portanto, os métodos são instruções de ação formais, relativamente independentes do contexto que, por si só, nada diz sobre o campo no qual são aplicadas.
Métodos, ferramentas, número de sessões são importantes no contexto, desde que gerem mudanças e, principalmente, de qualidade.
Qual o seu método para gerar mudanças qualitativas em sua vida? Se não sabe, procure ajuda, tenha um mentor.
-Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico
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