A fraude dos carros clonados é um tema que tem ganhado muito destaque recentemente. Inclusive, houve recentemente uma operação da Polícia Federal para desmontar uma quadrilha que aplicava esse golpe em 11 estados brasileiros. É preciso ficar atento, pois essa fraude pode trazer diversos transtornos, como receber multas que não são suas, ou, até mesmo, ser envolvido em um crime.
A clonagem veicular é o ato de adulterar um automóvel, geralmente produto de furto, com as informações e dados de outro carro em circulação. Existem diversas formas de aplicar esse golpe, como, por exemplo, modificar os itens de identificação (numeração de chassi, do motor, etiquetas de identificação e gravação dos vidros), simulando ser o veículo original. Porém, o meio mais comum é a clonagem da placa, onde uma placa sem restrição é produzida e inserida em um veículo roubado. “Ao consultá-la, retornam-se as informações positivas, porém ao vistoriar o veículo, nota-se que seus itens identificadores pertencem ao carro roubado” explica Beto Reis, sócio-diretor da Super Visão Vistorias Automotivas, maior rede de franquias de vistorias automotivas do Brasil.
O executivo também comenta que “As placas Mercosul foram desenvolvidas para minimizar a fraude, contando com Marca D´água, QR Code e outros itens que auxiliam na rastreabilidade. Embora não possuam mais o lacre na placa traseira, como nas antigas placas, a placa Mercosul tem a tendência de dificultar a adulteração, desde que seja realizada uma vistoria adequada nos atos necessários. Mas, mesmo assim, elas não estão isentas de clonagens e adulterações”.
Beto afirma ainda que, se o consumidor cair no golpe, ele perde todo o valor investimento, pois um veículo adulterado não pode ser comercializado. Porém, caso a perícia venha a descobrir qual é o veículo original, o mesmo passa por um processo e pode ser devolvido ao dono que teve o carro furtado.
Além do prejuízo financeiro, a adulteração veicular é crime e as partes, tanto vendedor como o comprador, poderão estar envolvidos na investigação.
O que fazer?
Para evitar a compra de um carro clonado, deve-se fazer uma vistoria Cautelar ou Certicar. Ambos os serviços irão analisar os itens identificadores, estrutura da carroceria e histórico veicular. “Lembrando que esta vistoria deve ser feita antes da compra e do pagamento do veículo”, ressalta o sócio-diretor da Super Visão.
Além disso, se o consumidor suspeitar que o veículo possui alguma adulteração, deve procurar uma Delegacia de Polícia e fazer o Boletim de Ocorrência. A autoridade policial se encarregará de dar sequência aos demais procedimentos e, quando confirmada a clonagem, o veículo fica geralmente apreendido sob custódia policial.
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