Se fosse um município, a Unioeste estaria entre os dez maiores do oeste do Paraná em termos de contingente e orçamento. São mais de meio bilhão de reais para uma comunidade de 16,5 mil estudantes e funcionários.
Uma das grandes conquistas da região, a universidade volta à berlinda durante este mês de outubro devido às eleições para reitor e diretores de câmpus. E os holofotes são mais que necessários, especialmente neste momento em que se (re)discute o financiamento público integral do ensino superior.
O Jornal O Paraná entrevistou os três candidatos a reitor. Nenhum deles trabalha com a hipótese de haver corte no financiamento integral da instituição. O que eles prometem é provar para a sociedade e para o governo a importância da instituição e o quanto ela devolve em desenvolvimento.
Os três também prometem uma gestão transparente, situação bem diferente da encontrada nos últimos anos, quando até o governo ameaçou ir à Justiça para ter acesso aos dados da folha de pagamento.
Volta e meia alvo de denúncia de supersalários e até de pagamentos irregulares de gratificações e horas extras, a universidade prefere a omissão a revelar os “dados reais” para justificar que nada há de errado.
Fato é que a região evoluiu sim, e bastante, nos últimos anos, especialmente nas áreas de saúde e de agropecuária, boa parte impulsionada pelos profissionais da Unioeste. Fato também é que há muita pesquisa que não se sabe pra que serve e que as linhas poderiam ter critérios mais rígidos.
A Unioeste é de toda a região oeste. E não apenas em época de campanha, mas o tempo todo. Esse pensamento não pode mudar depois das eleições de 22 de outubro.