Cotidiano

Zika vírus: Oeste fica em situação de alerta com a suspeita de novos casos

Dois pacientes, um adulto e uma menina de 10 anos já estão internados

Foz do Iguaçu – O Centro de Informação da Vigilância Sanitária em Foz do Iguaçu investiga dois casos suspeitos de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

Os dois pacientes, um adulto e uma menina de 10 anos já estão internados. Conforme o setor de epidemiologia da 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, amostras foram colhidas e encaminhadas ao Laboratório Central. O prazo médio para a divulgação dos resultados é de 15 dias.

Essa não é a primeira vez que o zika vírus é notificado na região. Ainda no primeiro semestre, São Miguel do Iguaçu confirmou dois casos autóctones. Se houver a confirmação na fronteira serão quatro casos no Oeste.

Em todo o Paraná, sete pacientes já foram tratados contra e cinco não contraíram a doença na cidade onde residem. A 9ª Regional ressalta que a frequência do zika na região é bem menor do que a dengue e, até o momento, não há risco de epidemia.

A diretora da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Denise Liell, relata que entre as 18 cidades de abrangência não há nenhuma notificação do zika vírus, mas explica que qualquer caso suspeito requer um estado de alerta, principalmente porque as condições climáticas são favoráveis à proliferação do mosquito.

“No caso da 20ª Regional, o índice de infestação predial é elevado nos municípios, o que contribui para o aparecimento da doença”. Ela ressalta que 80% dos casos são assintomáticos, havendo a possibilidade de a região ter um número bem mais alto da doença sem que a pessoa infectada tenha se dado conta.

O alerta também é mantido entre os municípios da 10ª Regional de Saúde em Cascavel. É o que confirma o enfermeiro da Vigilância Epidemiológica, Daniel Loss.

“Muitas pessoas vão passear em Foz do Iguaçu, onde há suspeitas, e podem voltar contaminadas. A vigilância agora é voltada ao zika vírus, apesar de as ações em combate à dengue serem mantidas e fundamentais para o controle das duas doenças, além da febre chikungunya”, diz.

A melhor ferramenta para evitar que mais casos sejam confirmados é eliminar os criadouros do mosquito.