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Zarif chega à regata das medalhas na briga pelo bronze

No dia em que saíram as primeiras medalhas da vela, no RS:X, a prancha a vela, outras duas classes definiram os velejadores que disputarão um lugar no pódio na regata das medalhas – última prova da competição que reúne apenas os dez melhores. Entre os barcos da classe Finn, o brasileiro Jorge Zarif terminou a fase de classificação em sexto lugar e ainda briga pela medalha de bronze. Já no Nacra 17, a única classe mista da Olimpíada, o conjunto do Brasil, formado por Samuel Albrecht e Isabel Swan, ficou em décimo, sem chances.

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Zarif chega à regata das medalhas com 81 pontos perdidos, doze a mais que o terceiro lugar geral, o croata Ivan Gaspic. Como a regata das medalhas vale o dobro de pontos – o primeiro lugar soma dois pontos, o segundo, quatro, e assim por diante – Zarif precisa chegar seis posições à frente do adversário. Vela – 13/08

Ele também tem que terminar três posições à frente do norte-americano Caleb Paine e do sueco Max Salminen. Ambos têm 74 pontos perdidos e estão à frente de Zarif. A prova será disputada na terça-feira.

– Matematicamente é difícil. Até já aconteceu de atletas em situações piores virarem o jogo. Aconteceu em Londres, na classe Star. Então, vamos acreditar, dar tudo na última, tentar ganhar a regata. Se der, deu. Se não der, é uma pena – afirmou o brasileiro.

Neste domingo, Zarif terminou as duas regatas do dia em 15º e nono. Porém, seus rivais diretos pontuaram menos, e abriram vantagem. Na vela, a pontuação corresponde ao somatório de todas as posições do velejador nas provas da competição. O pior resultado é descartado antes da regata das medalhas. Vence quem tiver menos pontos. A beleza da paisagem e do iatismo feminino na Olimpíada

Por isso, a classe Finn já tem o seu campeão. O britânico Giles Scott conquistou o ouro por antecipação neste domingo, já que não pode mais ser alcançado no quadro geral. Scott venceu três das dez regatas disputadas e esteve entre os três primeiros em outras quatro. Soma, portanto, 32 pontos perdidos e tem uma diferença de 24 pontos para o segundo colocado. Apesar de ser sua primeira Olimpíada, ele chegou ao Rio como favorito: é o atual tricampeão mundial.

DUPLAS DO 470 QUEIMAM LARGADA

As duplas brasileiras da classe 470 tiveram um dia difícil. Os conjuntos queimaram a largada na primeira prova e, por isso, somaram o número máximo de pontos, que corresponde ao total de barcos da flotilha mais um. Portanto, a dupla feminina acumulou 21 pontos por esta prova, e a masculina, 27.

Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan terminaram a outra prova do dia em oitavo, mesma posição que ocupam no ranking geral, com 43 pontos perdidos. A Grã-Bretanha lidera, com 20. Já Henrique Haddad e Samuel Albrecht fizeram sua melhor regata na competição ao conseguir o nono lugar. No quadro geral, no entanto, eles não vão bem. Estão em 24º, com 115 pontos perdidos. A liderança é do barco croata, com 14 pontos.

Atrasos no início das regatas da classe 470, provocados pelas condições climáticas, levaram ao adiamento da última prova do dia. Faltam ainda três regatas para a definição dos dez barcos que vão disputar a prova decisiva.

BRASILEIROS DO NACRA 17 CHEGAM À REGATA DAS MEDALHAS

Isabel Swan e Samuel Albrecht conseguiram entrar na última vaga para disputar a regata das medalhas, na terça-feira. A dupla teve um dia bastante regular ao terminar uma prova em sétimo e duas em oitavo. Apesar disso, eles não têm mais chance de subir ao pódio. O conjunto soma 101 pontos perdidos, contra 65 do líder, o barco argentino, 70 do italiano, e 72 do austríaco. A maior diferença que eles poderiam tirar na prova decisiva é de 18 pontos.

REVIRAVOLTA DÁ OURO À FRANCESA NA PRANCHA A VELA

Uma reviravolta no último dia de regatas da classe RS:X, a prancha a vela, deu o ouro para a francesa Charline Picon, que até a última prova estava em quarto lugar geral. Picon terminou em segundo lugar na regata das medalhas e tirou a favorita, a italiana Flávia Tartaglini do pódio. Flávia havia liderado a flotilha durante toda a competição, mas chegou em oitavo na prova deste domingo.

A prata ficou com a chinesa Pena Chen, e o bronze, com a russa Stefaniya Elfutina. A brasileira Patrícia Freitas terminou a competição em oitavo.

No masculino, o holandês Dorian van Rijsselberghe já havia garantido o ouro na última sexta-feira, quando venceu duas regatas e se isolou na liderança da flotilha. Sem poder alcançá-lo, o rival Nick Dempsey, da Grã-Bretanha, também pôde comemorar. Em um resultado inusitado na vela, ele também acumulou pontuação suficiente para ficar com a prata por antecipação. Ambos chegaram à regata decisiva com as medalhas confirmadas, repetindo o mesmo resultado dos Jogos de Londres, em 2012.

Quatro atletas disputaram o bronze neste domingo. O francês Pierre le Coq tinha mais chances, com 70 pontos perdidos e garantiu a medalha com o sétimo lugar. O brasileiro Ricardo Winicki, o Bimba, terminou em sexto. Ele não estava na disputa pela medalha.