Cotidiano

Xico Tebaldi fez história ao contar a história da cidade com imagens

Xico Tebaldi fez história ao contar a história da cidade com imagens

Cascavel – Um dos fotógrafos mais destacados da imprensa cascavelense, Doraci Pietro Tebaldi, conhecido como Xico Tebaldi, deu seu último suspiro na terça, dia 7, Dia do Jornalista. Ele tinha 61 anos e não sobreviveu à covid-19. Historiador apaixonado pela história de Cascavel, uma das grandes marcas deixadas por Tebaldi foi a criação do MIS (Museu da Imagem e do Som de Cascavel), fundado em 1988.

Xico Tebaldi iniciou sua carreira de fotógrafo na década de 70 no Jornal Fronteira do Iguaçu, e teve passagem pelos Jornais O Paraná e Folha de Londrina.

No fim da década de 80, tornou-se empresário e registrou as campanhas eleitorais a partir de então pela Exatta Pesquisas.

Amigo de décadas e companheiro de todas as horas, Alceu Sperança fala um pouco sobre Xico: “Doraci Pedro Tebaldi, o Xico, começou a trabalhar como fotógrafo no antigo jornal Fronteira do Iguaçu, ao lado de Sefrin Filho, Heinz Schmidt, Rolvi Martini, Chico Lustosa e outros bravos companheiros, em plena ditadura. Ele nunca se intimidou com os desafios da profissão e desde cedo se interessou em cuidar de arquivos fotográficos, o que o levou a criar o Museu da Imagem e do Som de Cascavel. Apaixonado pelo automobilismo, sua participação foi essencial na elaboração do livro ‘Cascavel em Alta Velocidade’, que comemorou o cinquentenário do automobilismo em 2017. Ético, parceiro, amigo é o mínimo que se pode afirmar a respeito dele e seu trabalho em seus 61 anos de existência. Foi cedo demais, sucumbindo à louca época em que vivemos”.

Homenagem

Em dezembro do ano passado, Xico Tebaldi seria homenageado com a Medalha de Mérito Cultural Darci Israel por proposição do então vereador Carlinhos Oliveira como reconhecimento por sua contribuição à cidade como historiador. Mas ele não foi à Câmara justamente por medo de contrair o novo coronavírus.

A medalha agora será entregue à família.

O MIS, no Centro Cultural Gilberto Mayer, possui mais de 50 mil documentos entre fotos, negativos, fitas de vídeo, slides e filmes que relatam a história de Cascavel, desde a colonização e seu desenvolvimento.