Política

Xadrez político nacional movimenta peças em e Paranhos tem “Dia D”

Ontem (1°), após o anúncio de investimento em obras da segunda fase do programa Cascavel Avança Mais, Leonaldo Paranhos falou com a imprensa sobre a permanência ou não na Prefeitura

Xadrez político nacional movimenta peças em e Paranhos tem “Dia D”

 

Cascavel – Os movimentos do xadrez político nacional desta semana movimentaram também os bastidores da política no Paraná, em especial em Curitiba e Cascavel. Isso porque, ainda na quinta-feira (31), quando o ex-juiz federal Sérgio Moro anunciou que estaria trocando o Podemos pelo União Brasil e não iria mais concorrer à presidência da República, o Senador Alvaro Dias, um dos líderes do partido teria feito um convite ao prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, para se juntar a sigla e se tornar o presidente da Executiva Estadual do partido e também o indicado como vice em uma possível coligação do PSD e Podemos.

O convite de Dias também teria uma segunda intenção, caso Paranhos aceitasse o convite, o Podemos poderia apoiar a reeleição de Ratinho Junior ao Palácio Iguaçu. Ainda na quinta-feira, Paranhos pegou todo mundo de surpresa ao anunciar durante a Assembleia Ordinária da Amop, a possibilidade de uma renuncia ao mandato de prefeito de Cascavel para apoiar o amigo e governador do Paraná, Ratinho Junior.

Ontem (1°), após o anúncio de investimento em obras da segunda fase do programa Cascavel Avança Mais, Leonaldo Paranhos falou com a imprensa sobre a permanência ou não na Prefeitura. O prazo exíguo obriga Paranhos a tomar a decisão até a meia-noite deste sábado (2), pois se finda a janela de desincompatibilização, ou seja, o prazo que os prefeitos e governadores têm para renunciar ao mandato, caso queiram concorrer às eleições gerais de outubro.

Questionado pela imprensa, Paranhos não abriu o jogo e disse que é “decisão difícil”, que está conversando com o vice-prefeito de Cascavel, Renato Silva, secretários, amigos e família, e que vai usar todo o tempo que tem para chegar a um veredito. “Veja, não é uma decisão tão simples assim, por isso que estou usando todo o limite de tempo que tenho. É uma decisão que meche com a vida de muitas pessoas. É uma decisão que faz você cumprir ou não cumprir compromissos. O primeiro deles é o compromisso que eu tenho com a população, que eu tenho que optar em não terminar o meu mandato, por outro lado eu tenho que entender que a região oeste do Paraná tem mais de um milhão de habitantes que pode deixar de ter também a participação de um oestino no processo eleitoral.”

O prefeito ainda enfatizou que essa questão deve ser definida com responsabilidade e que ele tem um compromisso com Cascavel para o cumprimento do mandato. Porém, ressalta que precisa um pouco de clareza para tomar a fatídica decisão. “As eleições acontecem em outubro, as convenções no final de julho e nós estamos em abril, eu teria que renunciar amanhã (hoje). Eu preciso evidentemente um pouco de clareza nisso tudo. Eu não tenho medo do enfrentamento e também não sou apegado a cargo, só que eu estou na condição de prefeito de uma das grandes cidades do Brasil e não é tão simples assim de abandonar.”

Paranhos também destacou que está estudando as possibilidades com relação aos partidos e os cargos que podem surgir na sequência. “O Podemos estará com o governador Ratinho? Essa resposta nós teremos na convenção partidária e aé eu já estarei lá. E aé quem eu vou trair? O Governador ou o partido que eu fui? Eu sou um homem de planejamento, não ajo na emoção, eu tenho que agir na razão. O convite do Alvaro, do ponto de vista pessoal é extremamente importante, presidir um partido que tem três senadores, ser a opção de ser o vice. Mas eu tenho que entender que o meu movimento provoca outros movimentos e não quero fazer isso. Eu quero estar diante de uma composição respeitada e que eu respeito às pessoas”.

 

E se renunciar?

Caso Paranhos renuncie ao mandato como prefeito de Cascavel, o cargo passa a ser ocupado pelo vice-prefeito, Renato Silva (Republicanos). O empresário se diz tranquilo com qualquer decisão que será tomada por Paranhos. Renato confirmou que caso Paranhos renuncie, ele não irá disputar uma cadeira na Câmara Federal e deve cumprir o restante do mandato como prefeito de Cascavel. Agora, caso Paranhos não renuncie, Renato deve seguir com o plano de disputar uma das 30 vagas na Câmara Federal pelo Paraná.

Além disso, caso haja a renúncia, a cadeira de vice-prefeito fica vaga e quando Renato precisar sair, o presidente da Câmara assume temporariamente como prefeito em exercício. Apesar de toda essa conjectura, a decisão será tomada mesmo aos 45 do segundo tempo, como disse Paranhos. Então, é esperar…

Redação: Mateus Barbieri

 

Foto: Secom