Cotidiano

VLT: modelo já é usado em Dubai com bons resultados

201605121521551369.jpgRIO – O Rio será a segunda cidade fora da Europa a usar a tecnologia Alimentação Elétrica pelo Solo (APS), que dispensa totalmente cabos aéreos. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi a primeira utilizar esse modelo, em novembro de 2014, com uma rede menor que a futura malha carioca. Lá, são transportados, em média, dez mil passageiros por dia, ao longo de 11 quilômetros de trilhos, em um sistema que conta com 11 estações e 11 trens. VLT 1505

Por e-mail, o diretor-geral da Autoridade de Estradas e Transportes de Dubai (RTA, na sigla em ingês), Mattar Al Tayer, disse que um estudo mostrou que a densidade populacional na região onde o VLT foi implementado será, em alguns anos, bem maior que a média na cidade. Para evitar congestionamentos no futuro, foi preciso, segundo ele, construir uma rede de transportes integrada ? o VLT de Dubai tem conexões com o metrô e o monotrilho.

?Durante o primeiro ano de operação, o chamado Dubai Tram alcançou índices extremamente elevados de desempenho. O indicador de pontualidade dos trens chegou a 96,4%. Já a satisfação dos passageiros ficou em 98%. O Dubai Tram foi implementado para melhorar a mobilidade dentro da cidade, cobrindo áreas turísticas e de grande importância econômica. Também contribuiu para a formação de um sistema de transporte de massa integrado e para a redução das emissões de carbono, proporcionando mais qualidade de vida?, escreveu Al Tayer.

A segurança também tem sido prioridade em Dubai. Ainda na fase de testes e um mês após a inauguração, houve acidentes, com carros se chocando contra os trens. Alguns cruzamentos chegaram a ser fechados. Um regulamento estabeleceu ainda multas específicas para quem cometer infrações ou acidentes. O motorista que avançar o sinal e provocar acidentes com feridos, por exemplo, poderá ser cobrada uma multa de R$ 4.800 a R$ 14.400, além da perda de carteira de no mínimo 30 dias e, no máximo, seis meses. Jogar lixo nos trilhos rende uma multa de R$ 480. Já quem cruzar os trilhos em áreas proibidas, terá que desembolsar R$ 960. De acordo com Al Tayer, cerca de 230 policiais fazem o policiamento pelo VLT e 800 câmeras dentro e fora dos trens ajudam no monitoramento.