Cotidiano

Vizinhos de Dilma no Rio brincam com possível vinda da ex-presidente

201609021510573934.jpgRIO – Na Rua Joaquim Nabuco, em Ipanema, há quem se surpreenda ao saber que a mãe da ex-presidente Dilma Rousseff tem há décadas um apartamento no prédio 212. Alguns vizinhos se mostram indiferentes à presença da petista, que agora, afastada definitivamente do cargo de presidente da República, vai se dividir entre as capitais de Porto Alegre e do Rio, conforme revelou o colunista Lauro Jardim em seu blog nesta sexta-feira. Outros, no entanto, já brincam e até imaginam situações com a possível vinda mais frequente da ex-presidente ao Rio. Os moradores do prédio contam que o apartamento dela, localizado no terceiro andar, fica vazio na maior parte dos meses e que raramente viram Dilma passar por lá. A última vez em que ela teria entrado no imóvel foi em junho deste ano, quando visitou o governador licenciado Luiz Fernando Pezão, em tratamento contra um câncer linfático.

? Chegou cheia de segurança, entrou, subiu, não ficou nem cinco minutos e foi embora. Parece que olhou o play. Talvez para ver se tinha algum lugar para colocar bicicleta ? supõe um porteiro de um dos prédios da rua.

AcervoDilmaO edifício de oito andares e 32 apartamentos (quatro por andar, cada um com 125 m2) fica a 200 metros da praia de Ipanema. A filha, Paula Rousseff, foi vista pela última vez, em fevereiro, entrando no prédio. O batalhão de seguranças, com três carros com sirenes estacionados na frente, chamou atenção:

? A filha dela só saía com os seguranças. Até para a praia ? disse um porteiro, sem se identificar. ? O ex-marido dela também vem de vez em quando. O que eu soube é que ele vinha com mais frequência, quando fazia mais frio no Sul, já que tem problemas respiratórios. Ele já está bem velhinho. Já a mãe de Dilma, não mora aqui, não. Nunca a vi.

Entre os moradores da Rua Joaquim Nabuco, já passaram artistas, músicos, ex-BBBs, atores e atrizes, como Eliane Giardini, Alexandre Borges e Rogê. Uma moradora do prédio de Dilma comemorou o aumento da segurança com a possível vinda da ex-presidente ao Rio:

? Quando soube que ela poderia vir para cá, pensei: Que bom! Vamos ter mais segurança! Foi a única coisa que pensei. Mas para mim é indiferente. Tanto faz ela vir ou não. É apenas uma moradora como outra qualquer. Mas acho que ela vai ficar mais em Porto Alegre do que aqui. Aqui será mais para não ficar em hotel. Em qualquer lugar que ela vá nos primeiros seis meses será horrível, vai atrapalhar. Daqui um ano, vai ficar mais tranquilo ? comentou a moradora, que já esbarrou com Dilma apenas uma vez no elevador. ? Há muito tempo atrás, quando ela era ministra, abri a porta do elevador e a encontrei. Na época, não sabia nem quem era.

Mais entusiasmada, outra moradora da região já planeja, com bom humor, levar Dilma para aproveitar o carnaval carioca:

? Quero chamá-la para o bloco Simpatia É Quase Amor para ela gritar ?Alô, burguesia de Ipanema!? ? brincou, às gargalhadas. ? Isso seria ótimo: ela sair no Simpatia e a gente fazer o grito de guerra. O problema vai ser o gingado de Dilma.