Juranda – Três vereadores de Juranda, região Centro-Oeste do Estado, foram presos na tarde de domingo (15), pela Polícia Civil de Campo Mourão, por tentativa de extorsão à ex-prefeita do município, Leila Miotto Amadei.
José Theodoro Alves Neto (PTB), Nelson Richard Pinto (PSL) e Pedro Gonçalves (PMDB) foram presos no restaurante de um posto de combustíveis, após denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Eles receberam voz de prisão no momento em que recebiam os cheques no valor de R$ 25 mil cada, entregues pelo marido da ex-prefeita. O dinheiro seria para garantir a aprovação das contas de Leila, referentes ao exercício de 2009 pelo Legislativo.
Os vereadores exigiram à ex-prefeita um total de R$ 150 mil, R$ 50 mil para cada. Eles queriam R$ 75 mil com antecedência e o restante após a votação das contas na Câmara.
Segundo a ex-prefeita, Pedro Gonçalves e José Theodoro, que respondem pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores, teriam procurado um ex-funcionário para marcar um encontro.
Quando esse ex-funcionário me ligou avisando já imaginei que fosse para pedir dinheiro para aprovar minha prestação de contas. A fala deles para o meu ex-funcionário é que aprovariam minhas contas e que eu não precisaria me preocupar mais e poderia seguir minha vida política, afirmou Leila.
Segundo Leila, os vereadores teriam informado ao seu ex-funcionário que o prefeito de Juranda, Bento Batista (PTB), teria oferecido R$ 300 mil a eles para reprovarem suas contas referentes ao exercício de 2009, que já haviam sido aprovadas pelo TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) com a intenção de deixá-la inelegível para as Eleições do próximo ano.
A ex-prefeita informou também que os vereadores disseram que já estavam providenciando junto ao contador da Câmara dois pareceres, um pela aprovação e outro pela desaprovação e que iriam apresentar o parecer de acordo com quem oferecesse o maior valor.
Aprovada com ressalva
A ex-prefeita informou que as suas contas do exercício de 2009 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) com ressalvas por causa de alguns ajustes de contabilidade. Segundo ela, a conduta da Câmara Municipal é sempre o de seguir parecer do Tribunal.
(Com informações da Tribuna do Interior)
