Cotidiano

Vendas ainda no vermelho

Pesquisa da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná) mostra o desempenho das vendas no terceiro trimestre deste ano e também no acumulado. Em todo o Estado houve um acréscimo de 3,32% ao mês nos últimos três meses.

Segundo o levantamento, os três meses de altas consecutivas contribuíram para compensar as perdas de faturamento dos dois primeiros trimestres, fazendo com que o resultado do acumulado do ano permanecesse praticamente estável em relação a 2016 (-0,26%).

Oeste

As análises regionais mostram apenas os índices do acumulado do ano, que para o Oeste não são nada positivos. De acordo com a Federação, de janeiro a setembro – data de abrangência da pesquisa -, Cascavel e região tiveram um desempenho bem aquém de outras localidades, com baixa de 0,89% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

Quem puxou a queda, conforme a coordenadora da pesquisa, Priscila Andrade, foi o setor de combustíveis. “Este setor foi afetado não somente no Oeste, mas em quase todas as regiões, com exceção de Londrina”, relata Priscila. Sozinho, o segmento obteve um recuo de 16%. Priscila explica que, por conta dos altos preços aplicados na gasolina, no etanol e no diesel, houve uma mudança de comportamento das pessoas. “Grande parte opta por não usar tanto o carro e deixá-lo em casa enquanto o combustível estiver caro. Algumas vão a pé, de bicicleta, de ônibus e até mesmo de Uber, e com isso conseguem economizar um pouco”, diz.

Veículos

O setor de venda de concessionárias de veículos também caiu, com recuo de 7,38% na região. “No ano passado, alguns setores sofreram muito, e o de veículos foi um deles. O segmento ainda não conseguiu driblar o negativo, mas em setembro as coisas começaram a mudar. A expectativa é de que com a safra de soja, que movimenta bastante a economia local, haja investimentos em maquinários, caminhões, e isto deve equilibrar os resultados”, comenta a coordenadora.

O que subiu

Na contramão estão as lojas de departamentos (+2,17%), supermercados (+6,71%), vestuário e tecidos (+1,21%) e livrarias e papelarias (+8,51%). “Embora ainda se tenha alguns índices negativos, o comércio paranaense começa a reagir. A expectativa é de que o desempenho dos setores vá melhorando, o que deve ser tendência para 2018”, afirma.