Saúde

Variante é de 'preocupação, mas não de desespero', diz Marcelo Queiroga

Queiroga disse que os cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron, inicialmente identificada na África do Sul, são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid

Variante é de 'preocupação, mas não de desespero', diz Marcelo Queiroga

Salvador – O ministro da Saúde, Marcelo Querioga, disse ontem (29) que a ômicron, nova variante do coronavírus, “é de preocupação, mas não desespero”. A afirmação foi feita durante evento, em Salvador, para assinatura de contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. O ministro citou o esquema de vacinação no país ao falar da nova cepa.

“Temos a tranquilidade de enfrentar a imprevisibilidade de um inimigo perigoso, que é o novo coronavírus”, afirmou. “Há três dias, foi anunciada uma nova variante, que foi inicialmente descrita na África do Sul, a variante ômicron. E eu falei: ‘é uma variante de preocupação, mas não é de desespero'”, disse. “Não é uma variante de desespero porque temos autoridades sanitárias comprometidas com assistência de qualidade.”

Queiroga disse que os cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron, inicialmente identificada na África do Sul, são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid. “Gostaria de tranquilizar todos os brasileiros porque cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as outras variantes. A principal arma que nós temos para enfrentar essa situação é a nossa campanha de imunização”, destacou o ministro, em uma live nas redes sociais.

O secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que, além da imunização, as pessoas precisam continuar adotando as medidas não farmacológicas e até evitar viagens a lugares em que a nova cepa esteja circulando para evitar a contaminação.

 

Vacinas

O Ministério da Saúde e a Pfizer assinaram novo contrato e a expectativa é que as doses comecem a ser entregues pela farmacêutica nos primeiros três meses do ano. Além dos 100 milhões de doses, o contato prevê ainda a aquisição de mais 50 milhões, caso haja a necessidade. A expectativa é que as doses sejam entregues de forma trimestral, sendo 20 milhões até março, mais 25 milhões até junho, outras 35 milhões até setembro e 19,9 milhões no último trimestre. O contrato ainda contempla qualquer mudança na composição das doses conforme o surgimento de novas variantes da Covid-19, se houver necessidade.

Em 2021, o Governo Federal e a farmacêutica firmaram acordos para compra de 200 milhões de doses, cujas entregas devem ser finalizadas em dezembro deste ano. Dessas, mais de 139 milhões já foram distribuídas para todos os estados e Distrito Federal. Ao todo, o Ministério da Saúde vai disponibilizar aos brasileiros cerca de 354 milhões de doses de vacina no próximo ano.

Com um investimento total estimado em R$ 11 bilhões, além de doses da Pfizer, a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 de 2022 contará com 120 milhões de doses da AstraZeneca, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil (sendo 60 milhões com IFA nacional e 60 milhões com IFA importado); e de 134 milhões de doses de contratos firmados ainda em 2021 que ficarão de saldo para o ano subsequente, com

 

 

Inclusão de crianças ainda em análise

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) atualizou ontem (29) a situação da avaliação de vacinas contra a Covid-19, incluindo a indicação para imunização de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. O processo das Pfizer ainda está em análise pela equipe técnica, que solicitou à farmacêutica dados complementares. “Para essa solicitação, a Anvisa está adotando uma estratégia diferente para as análises técnicas dos estudos clínicos para o público infantil, buscando o envolvimento de diversas entidades”, destacou a agência. “Foram encaminhados convites para representantes das sociedades brasileiras de Imunologia, Infectologia, Pediatria e Epidemiologia, solicitando a colaboração dessas entidades no processo.”