Saúde

Vacinas da Pfizer serão distribuídas para Curitiba, Londrina, Cascavel e Maringá

A orientação da descentralização, no entanto, leva em consideração o informe técnico do Ministério da Saúde que afirma que as vacinas podem ser armazenadas à temperatura de 2ºC a 8ºC por no máximo cinco dias

Mulher segura frasco rotulado como de vacina contra Covid-19 em frente a logo da Pfizer em foto de ilustração
30/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic
Mulher segura frasco rotulado como de vacina contra Covid-19 em frente a logo da Pfizer em foto de ilustração 30/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic

Curitiba – Além de Curitiba, Londrina, Cascavel e Maringá também vão receber doses do segundo lote da vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com Comirnaty e BioNtec. No total, são 67,8 mil doses a serem distribuídas para as quatro cidades. As doses chegaram a Curitiba na noite dessa segunda-feira (10) e ficarão armazenadas no Cemepar (Centro de Medicamentos do Paraná) até a distribuição, ainda sem data. Os quantitativos também serão divulgados nos próximos dias. A ideia é levar as doses paulatinamente até os municípios do Interior, de acordo com a chegada, a partir do segundo semestre, das 100 milhões de doses adquiridas pelo governo federal.

“É uma orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior para fazer uma pequena descentralização para os municípios referências das macrorregionais de Saúde. Serão em quantidades menores, vamos verificar os freezers, mas sempre solicitando que eles sejam exclusivos para esse armazenamento”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

Em Curitiba, o Cemepar está equipado com freezers de ultrabaixa temperatura (-80ºC), que podem armazenar as doses por até seis meses. Além disso, possui ainda dois freezers de temperatura de -20ºC, que podem armazenar as doses por até duas semanas. Os imunizantes necessitam de armazenamento específico em freezers de alta performance por médios e longos prazos, o que restringe a logística de distribuição às cidades com infraestrutura para recebê-los.

A orientação da descentralização, no entanto, leva em consideração o informe técnico do Ministério da Saúde que afirma que as vacinas podem ser armazenadas à temperatura de 2ºC a 8ºC por no máximo cinco dias. Ou seja, permite aplicação rápida de um pequeno quantitativo de doses. O transporte também deve ocorrer em no máximo 12 horas a 2ºC até 8ºC.

Segundo o governo federal, o quantitativo será direcionado a 3,6% do total da população de gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente estimadas no Estado. Até o momento, foram cerca de 100 mil doses do imunizante da Pfizer recebidas pelo Paraná. O intervalo de aplicação é de doze semanas.

 

18º lote

As vacinas da Pfizer integram a 18ª remessa enviada ao Estado pelo Ministério da Saúde, que também conta com 242 mil doses da Covishield, da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, e 57,8 mil doses da CoronaVac, da Sinovac/Instituto Butantan. Todas as doses já chegaram ao Estado e serão distribuídas às Regionais dentro dos próximos dias.

Todas as doses são destinadas à D2 de grupos cuja imunização já foi iniciada no Paraná – as vacinas da AstraZeneca passaram por uma correção pelo Ministério da Saúde e também serão destinadas à dose de reforço de grupos que já receberam a primeira dose.

Assim, as 242 mil doses da Covishield destinadas ao Paraná serão destinadas a 8% do grupo dos trabalhadores de saúde (24.471 doses), 100% das pessoas de 80 a 85 anos (73.362 doses), 100% das comunidades quilombolas (9.631 doses) e 23% das pessoas de 65 a 69 anos (103.535 doses).

Já as vacinas da Coronavac são destinadas a 2,9% das pessoas de 60 a 64 anos (15.919 doses), 7,4% dos profissionais das forças de segurança/salvamento e Forças Armadas (2.747 doses) e ainda 33.377 doses correspondentes a um reajuste na população dos grupos que já receberam a D1.