Cotidiano

Unilever defende publicamente rejeição de negócio da Kraft Heinz

FLÓRIDA – A Unilever afirmou na sexta-feira que a oferta de US$ 143 bilhões feita pela Kraft Heinz ? e recusada pela empresa ? funcionou como uma espécie de ?gatilho? para que eles trabalhem ainda com mais força e rapidez para entregar melhor retornos aos investidores. Esta foi a primeira vez que o grupo anglo-holandês se manifestou publicamente desde que a Kraft Heinz, que tem entre seus controladores a 3G Capital, do brasileiro Jorge Paulo Lemman, tentou adquirir a empresa. Na semana passada, Lemman cogitou fazer uma nova oferta, mas acabou desistindo.

Em palestra durante uma reunião anual com os consumidores de indústria, o diretor de finanças da Unilever, Graeme Pitkethly, disse aos participantes que a oferta funcionou como um incentivo para que a empresa reconhecesse suas falhas, e as aprimorasse.

? A medida certamente funcionou como um estímulo para a Unilever, e nós não iremos desperdiçá-lo. Ela nos mostrou o desafio que é criar valor rapidamente a curto prazo ? disse o diretor, que culpou a vulnerabilidade da empresa na sua falta de divulgação sobre os planos de crescimento de mercado no médio prazo, e o no lento crescimento dos mercados emergentes. Para ele, esses foram os principais fatores que contribuíram para o fraco desempenho da empresa no mercado de ações.

Pitkethly defendeu a rápida rejeição da Unilever à oferta da Kraft Heinz, realçando a diferença nas estratégias de negócios entre os dois grupos. Segundo ele, a Unilever teria maiores retornos maiores por tempo indefinido e de maneira sustentável no longo prazo, enquanto a Kraft Heinz depende de uma constante mudança de portfólio.