Cotidiano

União Europeia libera ? 1,1 bilhão em ajuda para Grécia

BRUXELAS Reunidos nesta segunda-feira em Luxemburgo, os ministros europeus das Finanças aprovaram ? apesar de ressalvas da Alemanha ?, o desembolso parcial de uma nova parcela de ajuda para a Grécia, de 1,1 bilhão de euros do total de 2,8 bilhões de euros.

? A Grécia terminou a adoção das 15 reformas ? exigidas pelos parceiros europeus, declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. ? Isso abre caminho para o desembolso de 1,1 bilhão de euros ? completou.

Segundo fontes europeias, insatisfeita com as reformas apresentadas pela Grécia, a Alemanha se opôs à liberação do montante, mas não foi seguida pelos demais.

O Eurogrupo condicionou o desembolso do ? 1,7 bilhão restante à obtenção de dados complementares de Atenas. Eles ainda não estão disponíveis, mas são esperados até o fim de outubro. A Grécia esperava obter hoje o desembolso total desses ? 2,8 bilhões, que completam uma primeira parcela de ? 7,5 bilhões já pagos em junho.

O ministro grego da Economia, Euclide Tsakalotos, celebrou a decisão do Eurogrupo mesmo assim.

? O desembolso de ? 1,7 bilhão (…) acontecerá em 24 de outubro ? afirmou.

Dijsselbloem foi um pouco categórico, ressaltando que esse desembolso dependerá das informações obtidas.

? Mas o dinheiro estará lá, não se preocupem ? acrescentou.

Entre as medidas que foram exigidas de Atenas, estão o avanço nas privatizações, reformas no setor energético e a criação de uma autoridade independente para monitorar as receitas públicas. Submetida a políticas draconianas de austeridade, a Grécia pena para sair da recessão, apesar da melhora nas contas.

Atenas chegou a um acordo com os países da zona euro em julho de 2015 sobre a concessão de um terceiro plano de ajuda para obter créditos de ? 86 bilhões, em troca de um certo número de reformas.

?Agora vamos nos concentrar para a segunda revisão” desse plano de ajuda, anunciou Dijsselbloem, nesta segunda-feira.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, disse que espera obter um “acordo global”, “até o final do ano”, que permitirá “tratar da questão da dívida” grega.

Essa questão é particularmente importante para o Fundo Monetário Internacional (FMI), que voltou a pedir à UE para aliviar a dívida – condição para que aceite participar financeiramente do plano de ajuda à Grécia.

? Desejo que o FMI continue o que ele é, ou seja, um parceiro estrutural e estruturante desse programa ? comentou Moscovici.