Cotidiano

Um em cada três presos trabalha

Curitiba – Nas 33 unidades prisionais do Paraná, cerca de 30% dos presos trabalham e quase 35% participam de atividades educacionais, segundo levantamento do Depen (Departamento Penitenciário do Estado) do Paraná. É um dos mais altos índices do País. “Estamos muito além de outros estados nesse aspecto. Além disso, aqui todos os presos que trabalham recebem por isso”, afirma diretor do Depen, Luiz Cartaxo Moura.

O sistema prisional conta com mais de 400 canteiros de obras – 300 do Estado e 100 em parceria com empresas privadas.

A lei de execução penal garante o direito do preso ao trabalho. O detento ganha três quartos do salário mínimo e tem descontado um dia de pena a cada dias três trabalhados.

No sistema prisional do Paraná são desenvolvidas diversas atividades de trabalho, com qualificação profissional e treinamentos, como costura, panificação, gráfica, marcenaria, metalurgia, agricultura, construção civil, eletricista, mecânica, produção de eletrônicos, fabricação de materiais de limpeza, fabricação de fraldas, produtos de limpeza, produção de calçados, restauração de livros.

Os detentos têm a oportunidade de continuar os estudos e, com isso, diminuir a pena. A escolarização desenvolvida nas prisões do Paraná vai da alfabetização ao ensino médio, além do ensino superior, preparação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e cursos de qualificação e profissionalizantes.

Na PIC

Em Cascavel, de acordo o Depen, dos 467 presos que estão na PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel), 155 trabalham. Eles também têm direito a estudo e fazem parte do sistema de remissão por leitura. Após a leitura de um livro, fazem uma resenha, que é corrigida e pode reduzir um dia da pena.