Cotidiano

Um dia após ser preso, Léo Pinheiro decide falar a Moro sobre CPMI

SÃO PAULO. Um dia depois de ser preso, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, mudou de estratégia e pediu ao juiz Sérgio Moro para prestar novo depoimento na ação que investiga pagamento de propinas ao ex-senador Gim Argello para barrar a CPMI da Petrobras e impedir que fossem convocados executivos de empresas fornecedoras da estatal. No novo interrogatório, ele estaria disposto a colaborar para “esclarecimentos dos fatos”. Moro aceitou o pedido da defesa e marcou um novo depoimento do empresário para o próximo dia 13.

No último dia 24 de agosto, Léo Pinheiro preferiu permanecer em silêncio durante o depoimento a Moro. Na ação, ele também é réu. É acusado de ter procurado outros empreiteiros para sugerir pagamento de propina a Argello, para que não fossem convocados a depor. Nesta empreitada, teria sido acompanhado de Júlio Camargo, réu na ação, mas que conta com os benefícios da delação premiada. Havia expectativa que ele falasse a Moro no dia 24, pois dois dias antes a Procuradoria-Geral da República (PGR) suspendeu a negociação do acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, alegando vazamento de informações.

No fim de semana anterior, a revista Veja afirmou que Pinheiro havia citado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, em um dos anexos do acordo.