Cotidiano

UFC não deve mudar após venda bilionária

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Em 2001, o UFC estava falindo quando um grupo de empresários ? entre eles, o
brasileiro Rorion Gracie ? vendeu a empresa para Dana White, um promotor de eventos, e os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, executivos e donos de cassino em Las
Vegas, por US$ 2 milhões. Quinze anos depois, este trio de americanos vendeu a
marca, ontem, por cerca de US$ 4 bilhões, para o grupo americano WME-IMG.

Os rumores da venda começaram a surgir em maio. Inicialmente, especulava-se
que o UFC seria comprado por um grupo chinês. Mas os irmãos Fertitta (que eram os sócios majoritários) e White só confirmaram a negociação com o grupo
americano ontem. Os três, no entanto, ainda continuam com percentuais menores
sobre a marca.

White, que é
conhecido como o ?chefão do UFC?, afirmou que a venda foi necessária para ajudar
no desenvolvimento do MMA em uma escala global.

? O esporte vai chegar a outro nível. Vou continuar fazendo a mesma coisa.
Serei presidente, dono, e continuarei trabalhando demais. A diferença é que
farei sem meu melhor amigo e parceiro ? afirmou o empresário, ontem, em um
programa da rede de tv americana
CBS.

White e os
Fertittas são
amigos de longa data e sempre tiveram um bom relacionamento, no qual White demonstrava ter carta branca para gerir o UFC
com independência. A grande incógnita no momento, apesar de White não deixar o cargo, é saber como será esta
relação com os novos sócios.

Atualmente, as lutas do UFC são transmitidas para mais de 150 países. Para o
coordenador de pós-graduação em marketing esportivo da ESPM Antônio Carlos
Morim, alguns motivos explicam essa valorização astronômica da marca em quinze
anos.

? O UFC é um caso de sucesso. Eles têm muitas categorias, e conseguiram criar
campeões em muitos países, atraindo diferentes públicos. Soma-se isso ao fato de
terem criado uma política de ranking e um rigoroso sistema de controle
antidoping que dão mais credibilidade e valorizam o esporte. Também compraram o
Pride e os outros concorrentes mais fortes. Além
disso tudo, eles sabem promover lutas como ninguém, são especialistas nisso ?
afirma Morim.