Política

TSE quer força-tarefa para monitorar fake news

Ministro sugere usar Exército para monitorar a internet

Brasília – O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) discute a formação de um grupo de trabalho destinado a avaliar, durante as eleições de 2018, as chamadas fake news (notícias fabricadas e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais) disseminadas na internet, em especial nas redes sociais e nos aplicativos de mensagem. A preocupação do tribunal é com o impacto desse tipo de fraude na definição do voto do eleitor. As informações são da “Folha de S.Paulo”.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o Exército poderia participar do monitoramento das fake news por meio do CCOMGEX (Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército), mas que o assunto é avaliado pela área técnica. O comando é vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Força.

Em nota divulgada à imprensa no último dia 25, o TSE informou que houve a decisão de se criar "grupos de trabalho para analisar medidas de segurança a serem adotadas para garantir a liberdade de voto dos eleitores".

A decisão foi anunciada após uma reunião entre o presidente do TSE, Gilmar Mendes, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen.

O tribunal informou na ocasião que deve "fazer convênio com a área de tecnologia do Ministério da Defesa e utilizar outros subsídios para acompanhar o desenrolar do processo". Contudo, ainda não está definido como seria esse trabalho e que tipo de tecnologia poderia ser usado no processo de acompanhamento da disseminação dos textos falsos.

O TSE desenvolveu essa linha de preocupação a partir do impacto das fake news em campanhas eleitorais recentes de outros países, como EUA e França.