Cotidiano

Trump promete fortalecer Exército se for eleito nos EUA

FILADÉLFIA, EUA ? Em empate técnico nas últimas pesquisas nos Estados Unidos, o candidato republicano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que vai reforçar o Exército americano caso seja eleito em novembro e defendeu um aumento substancial das despesas militares. E aproveitou para criticar sua rival, Hillary Clinton. Ao discursar em Filadélfia, Trump disse a apoiadores que as Forças Armadas estão ?tão enfraquecidas? que é necessário um plano em larga escala, incluindo o reforço da aviação e dos navios de guerra.

Trump ainda prometeu pedir aos generais um plano para derrotar no prazo de um mês os jihadistas do grupo Estado Islâmico.

? O legado de Hillary Clinton no Iraque apenas produziu turbulência, sofrimento e morte ? disse. ? Imediatamente após tomar posse, vou pedir aos meus generais para me apresentarem um plano dentro de 30 dias para derrotar e destruir o Estado Islâmico. Isto vai implicar um combate militar, mas também cibernético, financeiro e ideológico.

Em tom mais moderado que nos discursos anteriores, Trump detalhou sua proposta ao se referir à necessidade de um Exército com 540 mil efetivos, uma força aérea com pelo menos 1.200 aviões de combate e 36 batalhões de marinheiros, para além de uma marinha com 350 vasos de guerra e submarinos.

? Vou pedir ao Congresso para compensar totalmente o custo do aumento das despesas militares. Estaremos seguros, porque sem Defesa não teremos um país.

Presidente do México troca ministro

No México, a controversa visita de Trump na semana passada fez com que o presidente Enrique Peña Nieto substituísse nesta quarta-feira seu aliado próximo, p ministro da Fazenda, Luis Videgaray. . Diplomatas disseram que Videgaray tinha sido fundamental na organização da visita do candidato americano.

? Quero expressar aqui publicamente o meu mais generoso reconhecimento, não apenas institucional, mas também pessoal, para alguém que sempre foi um colaborador comprometido com o esforço do governo para transformar o México ? disse Peña Nieto falando diretamente a Videgaray.

O presidente foi atacado nas redes sociais por receber Trump de última hora na semana passada, depois que o magnata ter sustentado boa parte de sua campanha na promessa de construção de um muro na fronteira para deter a imigração ilegal. Trump também ameaçou realizar deportações em massa e reescrever os tratados de comércio cruciais para a economia mexicana.

A reação à visita de Trump aumentou a pressão sobre Peña Nieto para fazer mudanças. O novo ministro da Fazenda, José Antonio Meade, é amigo de Videgaray e ingressou no governo como ministro das Relações Exteriores antes de passar para o Ministério do Desenvolvimento social no ano passado.

O governo tinha a esperança de convencer Trump da necessidade de moderar seu tom, de reconsiderar suas propostas de campanha mais controversas e a compreender melhor as preocupações do México, durante a conversa de 70 minutos que manteve com Peña Nieto na Cidade do México. Mas poucas horas depois de sair do México, Trump disse a uma multidão de partidários em Phoenix, Arizona, que o México iria pagar ?100%? do muro na fronteira, levando Peña Nieto a ser ridicularizado em casa.