SEATTLE – Único aspirante republicano restante na corrida presidencial americana, Donald Trump deu mais um passo para garantir a indicação como candidato do partido ao vencer na terça-feira a primária no estado de Washington. No entanto, protestos durante um discurso seu no Novo México ofuscaram a noite. trump
Os resultados em Washington mostram que Trump recebeu 76% dos votos, de acordo com a secretaria do estado. Virtual candidato republicano à Presidência, ele contava com 1.189 delegados antes da primária, de acordo com a CNN, apenas 48 a menos que os 1.237 necessários para garantir a nomeação.
Washington tinha 44 delegados em disputa. Assim, Trump deve superar o número necessário e garantir oficialmente a nomeação como candidato em 7 de junho, último dia das primárias republicanas, que acontecerão na Califórnia e em outros quatro estados.
Outros candidatos que abandonaram a disputa republicana, como o senador Ted Cruz, o governador de Ohio John Kasich e o neurocirurgião aposentado Ben Carson, receberam quantias pouco significantes votos em Washington.
No entanto, num já esperado problemático discurso em Albuquerque, no Novo México, estado com maior poopoulação hispânica nos EUA, Trump acabou sendo alvo de manifestações. Ele falou em um centro de convenções local, mas foi interrompido várias vezes por manifestantes, que o acusaram de xenofobia e racismo.
? Construa o muro! ? gritavam em resposta os apoiadores de Trump, em referência ao muro na fronteira com o México proposto por ele.
Protestos do lado de fora ficaram violentos. Manifestantes atiraram pedras e garrafas e tentaram até forçar a porta do centro de convenções, mas policiais usaram spray de pimenta para afastar a multidão. Camisas com o lema da campanha do magnata, “Façamos os EUA grandes de novo”, foram queimadas.
Trump, um candidato sem experiência e que lidera uma campanha que provocou uma reviravolta na política americana, será oficialmente designado candidato republicano na convenção nacional do partido em julho em Cleveland, Ohio.
Ele passou a concentrar sua campanha nas eleições gerais, com críticas pesadas a sua provável rival democrata, Hillary Clinton. A ex-secretária de Estado rebateu os ataques, mas ainda está nas últimas etapas da disputa democrata contra o senador Bernie Sanders.
