Cotidiano

Trump condena ataques antissemitas nos EUA: ?Horríveis e dolorosos?

Trump

WASHINGTON ? O presidente americano, Donald Trump, condenou os recentes ataques antissemitas nos Estados Unidos, a que classificou de horríveis e dolorosos. Pelo menos onze centros judaicos foram esvaziados na segunda-feira por ameaças de bomba. No mesmo dia, mais de mais de 170 lápides foram encontradas derrubadas em um cemitério judeu do estado de Missouri.

? O antissemitismo é horrível e precisa agora. Ele vai terminar ? disse Trump em entrevista à rede americana NBC.

Em uma visita ao Museu Nacional de História e Cultura Afro-americana, Trump reforçou que o país precisa lutar contra a intolerância e o ódio. Mais cedo, a Casa Branca emitiu um comunicado denunciando os ataques à comunidade judaica. Na nota, o presidente Trump disse que ?deixou bem claro que essas ações são inaceitáveis?.

O FBI disse que se juntará à Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça para investigar as ameaças ao centros judaicos. No Missouri, autoridades abriram uma investigação sobre os atos de vandalismo contra as lápides a poucos quilômetros de St. Louis, a maior cidade do estado.

Anteriormente, a filha do presidente, Ivanka Trump, havia feito um pedido por tolerância religiosa após a onda de ameaças antissemitas. Convertida ao judaísmo, ela defendeu que os templos dos Estados Unidos sejam protegidos. Lápides de cemitério judeu são vandalizadas nos EUA

?Os EUA são uma nação construída sobre o princípio da tolerância religiosa. Devemos proteger nossas casas de culto e centros religiosos?, escreveu Ivanka no Twitter.

No entanto, o próprio governo Trump já foi repetidamente acusado de intolerância religiosa. Já no início do mandato, o presidente assinou uma ordem executiva para banir a entrada de todos os refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O veto migratório acabou suspenso pela Justiça, em uma intensa batalha entre a Casa Branca e tribunais federais.

O polêmico decreto foi duramente criticado por diversas figuras proeminentes da comunidade internacional. Muitos líderes apontam que a medida é altamente discriminatória e viola o princípio básico da liberdade religiosa, uma vez que mira especificamente em cidadãos de países de maioria muçulmana.