Cotidiano

Trump admite modificar Obamacare e desvia de questões sobre Hillary

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NOVA YORK – O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, aliviou a retórica contra o sistema de acesso popular a planos de saúde do antecessor, Barack Obama, o chamado Obamacare. Em entrevista ao “Wall Street Journal”, ele disse que, depois de conversar com o presidente, ele consideraria deixar algumas partes da Lei de Saúde Acessível, de 2010. Sua campanha eleitoral prometeu repetidamente revogar a lei. Ele ainda evitou falar sobre uma possível ação judicial contra a rival Hillary Clinton, o que prometera durante um debate, dizendo que ela “estaria presa” em seu governo.

Na primeira entrevista desde sua eleição, Trump ressaltou que a saúde é uma das prioridades para seu governo, como adiantara durante uma reunião com o presidente da Câmara, Paul Ryan. Trump paz

? O Obamacare tornou-se tão impraticável e caro que você não consegue mais usá-lo ? disse ele, apesar de admitir revisar a posição intransigente na corrida. ? Sou favorável a manter a proibição a que as seguradoras neguem a cobertura por causa das condições existentes dos pacientes, e uma disposição que permite aos pais fornecerem anos de cobertura adicional para as crianças em suas apólices de seguro. Eu gosto muito disso.

Trump disse ainda que priorizará no início do governo a desregulamentação das instituições financeiras para permitir que os bancos emprestem novamente, além de garantir um reforço na fronteira contra as drogas e os imigrantes ilegais.

Ele ainda desviou uma pergunta sobre se ele iria acompanhar um voto de campanha para nomear um promotor especial para investigar sua adversária democrata, Hillary Clinton, por seu uso de um servidor de e-mail privado enquanto secretária de Estado.

? Não é algo que eu tenha pensado muito sobre, porque eu quero resolver saúde, emprego, controle de fronteiras, reforma tributária ? afirmou. ? Eu disse ao presidente que conferiria suas sugestões, e por respeito, farei isso.

O republicano prometeu ainda criar empregos através de projetos de infraestrutura nacional e de acordos comerciais internacionais aprimorados, além de impor tarifas sobre produtos de empresas dos EUA que se baseiam no exterior.

? Quero um país que se ame. Quero enfatizar isso ? disse ele, antes de ser questionado sobre se suas declarações foram longe demais na campanha: ? Não. Eu venci.