Cotidiano

Tropa de Choque da PM se prepara para invadir Penitenciária de Alcaçuz

BRAZIL-PRISON-RIOT-ALCACUZNATAL ? A tropa de choque da Polícia Militar do Rio Grande do Norte se prepara para invadir a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, na tarde desta quarta-feira. Ainda não há informações se os policiais vão entrar para conter a rebelião que acontece desde sábado, quando 26 presos foram mortos durante guerra entre facções criminosas.

Na terça-feira, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou que a Polícia Militar só entraria na prisão “em caso de extrema necessidade”, para evitar um massacre.

? Se a polícia entrar dentro do presídio, pode haver novas mortes, confrontos policiais, aí vai ser um novo Carandiru. Temos que evitar isso. Vamos entrar em casos de extrema necessidade ? ressaltou Faria, ontem.

Pela manhã, a Secretaria estadual de Segurança do Rio Grande do Norte transferiu, 119 detentos do Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), na região metropolitana de Natal, para o Complexo Raimundo Nonato, na Zona Norte da capital potiguar. A intenção do governo é fazer uma remanejamento de presos nas unidades para acomodar parte dos detentos de Alcaçuz.

Os detentos do PEP já chegaram na unidade da Zona Norte, onde 530 presos estão custodiados. Fontes afirmam que internos de Alcaçuz serão transferidos para o PEP, mas ainda não se sabe quantos, quando nem em quais condições isso ocorrerá.

Os cinco chefes da facção que comandou o massacre de Alcaçuz pediram a transferência deles para presídios federais. De acordo com o delegado-geral adjunto, Correia Junior, eles falaram pouco no depoimento, mas deram “informações importantes” à polícia.

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte identificou até esta quarta-feira sete dos 26 corpos de detentos mortos durante guerra entre facções na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. A maioria (15) foi decapitada, e dois foram carbanizados. Segundo o instituto, o trabalho de identificação dos cadáveres pode demorar até um mês.