Agronegócio

Trigos precoces: Nova geração favorece a antecipação de ciclo

A pesquisa por meio do melhoramento genético aumentou a produção de trigo nos últimos anos. Desenvolveu uma ampla linha de cultivares de trigo que permitiram que o produtor tenha um melhor aproveitamento da área em sua propriedade e, por consequência, maior produtividade e rendimento.

Entre as novidades apresentadas no cultivo do cereal que se aproxima, estão dois trigos com ciclos menores, mais resistentes às condições ambientais, com maior potencial de produtividade e qualidade e, ainda, opções de trigos específicos para alimentação de gado de leite e de corte. As novidades estão sendo apresentadas na Expodireto Cotrijal, que se encerra amanhã (9) em Não Me Toque (RS), pela Biotrigo Genética.

No Paraná, assim como no Rio Grande do Sul semeia-se trigo entre o outono e o início do inverno. A média do ciclo de desenvolvimento da cultura é de 145 dias. Porém, com cultivares específicas que se desenvolvem em ciclos menores, a semeadura pode ser tardia, ou ainda, a colheita pode ser antecipada em até 20 dias, beneficiando a semeadura das culturas de verão.

O gerente comercial da Biotrigo, Lorenzo Mattioni Viecili, explica que o TBIO Sonic é um trigo melhorador, com ciclo com cerca de 20 dias mais curto que o TBIO Toruk. Esta vantagem permite fazer a semeadura mais tarde e ter uma cultura intercalar, entre soja-trigo, como por exemplo, o nabo forrageiro e fazer biomassa e reciclagem de nutrientes. Além da superprecocidade, a cultivar também têm como características o alto vigor de planta, a produtividade e a resistência a diversas doenças, incluindo o ótimo nível de resistência a brusone.

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Outra cultivar

Já a cultivar TBIO Audaz, é um trigo melhorador de ciclo precoce. No Estado, o material se desenvolve num ciclo que pode ser reduzido em dez dias em relação ao TBIO Toruk entre a semeadura e a colheita. “Possui ótima força de glúten para panificação e no campo a cultivar apresenta boa resistência às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, mosaico, brusone, giberela e bacteriose, além do alto teto produtivo”, explica o engenheiro agrônomo. Em 2018, ambas as cultivares entram para multiplicação e, em 2019, os agricultores terão acesso a semente certificada podendo semear em suas propriedades.