AMSTERDAM ? O líder do xenófobo Partido da Liberdade, Geert Wilders, foi declarado culpado nesta sexta-feira pelos crime de discriminação e incitação ao ódio por um tribunal da Holanda. Ele havia sido acusado dos delitos por declarações discriminatórias que proferiu contra marroquinos em 2014.
No veredito, os juízes afirmaram que o caráter inflamatório das suas declarações incitaram a discriminação dos marroquinos. Em 2014, Wilders incentivou seus simpatizantes a gritar “Menos! Menos! Menos!” em referência ao número de marroquinos que vivem na Holanda.
No entanto, o juíz que presidia o julgamento, Hendrik Steenhuis, disse que não imporia uma sentença para Wilders porque uma condenação já era punição o bastante para um legislador democraticamente eleito.
Wilders não compareceu ao tribunal para ouvir o veredito, que vem apenas três meses antes das eleições nacionais. Sua popularidades vem crescendo, mesmo ao longo do julgamento, nas pesquisas de intenção de voto no país.
Em resposta, o deputado disse que a sua condenação foi um ato de insanidade. E ainda acusou os três juízes responsáveis pelo caso de odiarem o seu partido.
“Três juízes que odeiam o Partido da Liberdade declaram marroquinos uma raça e condenam a mim e a metade dos holandeses. Insano”, escreveu no Twitter.
