Cotidiano

Transporte público de Cascavel pode parar; Município estuda aporte a empresas

O sindicato pretende notificar as empresas Viação Capital do Oeste e Pioneira e o Município hoje, com prazo de cinco dias para que haja acordo sobre suas reivindicações

Transporte público de Cascavel pode parar; Município estuda aporte a empresas

Cascavel – O Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivo Urbano de Cascavel) decidiu, por unanimidade, entrar em greve na próxima semana caso não haja acordo com as empresas responsáveis pelo serviço. Eles pedem reajuste salarial de 2,55% e vale-alimentação de R$ 310.

O sindicato pretende notificar as empresas Viação Capital do Oeste e Pioneira e o Município hoje, com prazo de cinco dias para que haja acordo sobre suas reivindicações. Se isso não acontecer, eles cruzam os braços a partir do dia 5 de outubro por tempo indeterminado.

O pedido do sindicato se refere à negociação e conclusão do Acordo Coletivo referente à data-base de 2019 que teria sido usado pelas empresas na planilha de reajuste tarifário, mas não repassado aos trabalhadores.

Aporte extra

A esperança dos trabalhadores é da aprovação de um subsídio estudado pelo Poder Público às empresas.

A Procuradoria-Geral da Prefeitura de Cascavel confirmou que aguarda informações para definir o repasse às empresas. O valor não foi informado, mas o estudo para a definição do montante tem como base a ação judicial movida pelas empresas contra o Município na qual pediam R$ 2,3 milhões para compensar os prejuízos com a paralisação do transporte em março e abril. O valor, inclusive, é daquela época.

A ação, depois de derrubada a liminar que determinava o pagamento às empresas, está parada no Judiciário.

Prejuízo

Por meio da assessoria, as empresas informaram que não há possibilidade de acordo com os trabalhadores neste momento, pois seguem trabalhando com prejuízo, visto que 120 dos 140 ônibus estão em operação, mas o número de passageiros é de 40% do normal. As empresas são remuneradas pelas tarifas.

Segundo as empresas, a solução do problema seria o retorno à normalidade dos trabalhos e lamentam o indicativo de greve, pois a paralisação nesse momento deve agravar ainda mais a situação, pois a receita cairá mais e trará mais problemas.

Foz aprova “fôlego” a empresa

As empresas Transbalan, Vale do Iguaçu e Cidade Verde, que integram o Consórcio Sorriso responsável pelo transporte coletivo de Foz do Iguaçu, receberão auxílio de R$ 1,8 milhão da prefeitura, em três parcelas, por meio da compra antecipada de 455.696 vales-transportes.

O projeto, de autoria do prefeito Chico Brasileiro (PSD), foi aprovado pela Câmara dos Vereadores por 11 votos a favor e um contra (duas ausências) em sessão extraordinária nessa quinta-feira (24).

O auxílio vem para conter os ânimos, pois os trabalhadores cobram salários e outros direitos devidos pelas empresas de ônibus, o que resultou, inclusive, em greve no início deste mês.

O projeto diz que o objetivo é “garantir a prestação do transporte público a passageiros”.

Em Foz, as empresas de ônibus arrecadam mensalmente R$ 1 milhão, um quarto do valor de antes da covid-19, de acordo com o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu.