Cotidiano

Transporte: População busca alternativas para superar greve dos ônibus

Previsão é de que a greve tome novos rumos somente a partir do dia 20

Cascavel – Há seis dias o trabalhador cascavelense tem feito malabarismo para chegar ao trabalho no horário. O motivo é a greve do transporte coletivo, que entra hoje no seu sexto dia e que deve terminar somente na próxima quarta-feira, dia 20.

Nessa data o Sittracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Cascavel) e os responsáveis pelas empresas Viação Capital e Pioneira sentarão novamente para conversar, no Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba.

Nos pontos de ônibus, pouca gente ficou esperando. Já nos terminais, a superlotação nos horários de pico, quando 50% da frota está circulando por determinação da Justiça, é motivo de reclamação.

A diarista Gisele Chaves levantou pelo menos uma hora e meia mais cedo. “Moro no Morumbi e tenho trabalho em uma casa no Canceli. Na segunda-feira, quando começou a greve, cheguei quase duas horas depois, isso que fui boa parte do caminho a pé”.

O vendedor Josué Souza preferiu não esperar o ônibus.

“Eu vim caminhando. Na quinta-feira o ônibus demorou mais de uma hora para passar. Moro no Pacaembu e fiz cinco quilômetros para chegar no horário”.

Durante dois dias, na quarta e quinta-feira os dois lados se reuniram para definir o fim da greve, mas não entraram em consenso. O Sindicato quer aumento de 15% no valor dos salários e 50% no vale-alimentação.

As empresas oferecem o índice da inflação, de pouco mais de 10%. Mas durante a negociação em Curitiba, o juiz Alcides Nunes Guimarães propôs 13%, a ser pago metade em janeiro e a outra parte em dezembro. Em relação ao vale-alimentação, o valor passaria de R$ 175 para R$ 200. As empresas propuseram 12%, que não foi aceito pelos sindicalistas.