Com a chegada do verão e do período de férias, o Corpo de Bombeiros redobra suas atenções às ocorrências de afogamento, quem apresentam um aumento significativo durante esta época, em que o forte calor é um convite quase que irrecusável para um mergulho em piscinas, rios ou lagos.
Janeiro e dezembro são os meses em que mais são registrados casos de afogamento no Paraná. O índice de ocorrências chega a ser mais de 30 vezes maior do que o observado no período de março a novembro, em que o Corpo de Bombeiros atende uma média mensal de 13 casos. Em janeiro de 2015, foram 511 afogamentos em todo o Estado, enquanto que em dezembro foram 335 ocorrências.
Para evitar incidentes desta natureza é necessário tomar alguns cuidados, principalmente em relação a crianças, como orienta a tenente Marcela Schwendler, oficial de Relações Públicas do 4º GB (Grupamento de Bombeiros) de Cascavel. Segundo ela, de todas as ocorrências atendidas pela corporação, cerca de 80% são envolvendo crianças.
Marcela ressalta que é indispensável que os pais ou responsáveis acompanhem os menores durante atividades aquáticas. A criança não tem noção do perigo. Então, orientamos para que os pais entrem na água para supervisionar a criança, disse a oficial, afirmando que a principal preocupação é em relação a rios e lagos. Nestes locais você não consegue visualizar o fundo. Pode haver buracos ou galhos que podem segurar o pé da criança, acrescenta Marcela.
Outra recomendação importante é direcionada a clubes e piscinas públicas. Os responsáveis por esses locais devem manter os ralos de sucção com uma vazão que não seja forte suficiente para deixar uma criança presa, principalmente meninas, por conta dos cabelos cumpridos. Há equipamentos no mercado que evitam incidentes como o registrado no mês passado, em Foz do Iguaçu, onde uma menina argentina morreu afogada ao ficar com o cabelo preso no ralo de uma piscina.
