Foz O Governo Michel Temer acelera algumas medidas de olho em tornar o Estado mais leve e dinâmico. Uma das decisões é a de iniciar um amplo processo de privatização de estruturas públicas, inclusive na área aeroportuária. O compromisso é de privatizar dez aeroportos públicos ainda em 2017. Deles, dois estão no Paraná, o de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e o de Foz do Iguaçu. O vice-presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, informa que a concessão é uma alternativa que o trade turístico sempre defendeu e trará avanços à região trinacional.
A privatização traz um pacote de mudanças considerado bem-vindo e necessário. Entre eles mais agilidade na prestação de serviços e redução de custos. Uma das expectativas é de que a empresa que vença a concessão da estrutura opte por transformar o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu em um hub regional, podendo receber voos diretos dos Estados Unidos, Europa e Ásia.
A concessão sempre foi defendida e com mais força a partir dos trabalhos do Plano Diretor do aeroporto. Se o setor público não tem os recursos, o bom senso recomenda que nos seja permitido conceder a exploração para a iniciativa privada, afirma o vice-presidente do Fundo Gilmar Piolla.
O empresário Carlos Silva, presidente do Fundo Iguaçu, entende que Foz, região e Brasil precisam contar com um aeroporto à altura das suas atrações. Abrigamos as Cataratas, a Itaipu e estamos ao lado do Paraguai e Argentina. O parque hoteleiro e a gastronomia também são de elevado nível, por isso temos que contar com uma estrutura aeroportuária ainda melhor e mais eficiente. Além de tornar o tamanho do Estado menor, o governo federal pretende reduzir os tentáculos da Infraero, que passaria então a gerir apenas os aeroportos de médio porte. Os maiores serão privatizados e os menores repassados à administração de prefeituras.
Obras
O novo Plano Diretor do Aeroporto de Foz do Iguaçu já conta com aval da Infraero. Com a concessão há a possibilidade de dinheiro novo entrar e garantir, antes mesmo do prazo inicialmente previsto, avanços na estrutura. A previsão é da execução de novas obras em três momentos 2019, 2029 e 2030. O programa de expansão prevê a construção de uma nova pista com três quilômetros de extensão e 45 metros de largura, ampliação do terminal que então teria capacidade para receber até cinco milhões de passageiros por ano.
Os dez que vão virar concessão
Os dez aeroportos que serão privatizados pelo governo federal, a partir do segundo semestre do ano que vem, são: Curitiba, Foz do Iguaçu, Recife, Belém, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Maceió e São Luís.
