Cascavel – O trabalho de Papai Noel trouxe muito mais que renda extra a Eugênio de Oliveira Santos, 54 anos. A primeira experiência como bom velhinho transformou a vida dele, que daqui para frente terá bastante compromissos.
Não foi só a semelhança física que influenciou na escolha para o Natal. Eugênio já deixava a barba crescer desde o mês de maio, mas por questão de estilo. No fim do ano, um colega viu anúncio para contratação de Papai Noel e ele encarou o desafio.
Tinha compromissos financeiros e resolvi correr atrás da oportunidade. Trabalhei no shopping praticamente um mês e recebi cerca de cinco mil crianças, diz Santos, que no dia a dia também desempenha a função de segurança em uma farmácia.
Ao lembrar alguns dos pedidos feitos pelas crianças, o atencioso bom velhinho se emociona. Algumas me pediram casa e uma delas para que o pai deixasse de bater na mãe, lembrou.
Com o traje completo e acompanhado dos seus cãezinhos, ele mostra cartinhas, chupetas deixadas por crianças que prometeram trocá-las por presentes e fala da recompensa em ter sido recebido como Papai Noel. Fazer uma criança feliz não tem preço. Elas nos passam um carinho verdadeiro com o abraço. Me senti muito amado por todos, comemora Santos. Na vizinhança ele também garante a alegria da criança com a entrega de balas.
Hoje o Papai Noel segue a agenda e fará entrega de presentes em 17 famílias que contrataram o serviço do bom velhinho. As duas filhas vestidas de noeletes o acompanham. Não sabia que seria capaz de fazer tudo isso. Vou sentir falta do trabalho, disse ele.