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Tocha paralímpica passa pela Avenida Paulista sem incidentes

SÃO PAULO – A passagem da tocha paralímpica pela Avenida Paulista, por volta de 14h30, uma hora depois do previsto, aconteceu sem incidentes. Embora algumas pessoas portassem cartazes com a frase ?Fora Temer?, o trajeto foi feito de forma tranquila. Havia o temor de confusão, já que estava marcada para o mesmo local uma nova manifestação contra o governo do presidente Michel Temer. Por causa da passagem da tocha, o início do protesto foi adiado para 16h30m, após um acordo entre os organizadores e a secretaria de Segurança Pública (SSP).

A chama paralímpica foi acesa no Centro de Treinamento Paralímpico, às 11h. Depois, passou por uma série instituições de apoio a pessoas com deficiência, entre elas a Fundação Dorina Nowill para Cegos, Apae São Paulo e AACD. Na Paulista, a chama fez um percurso de 5 km entre a Praça do Ciclista e a estação Ana Rosa do Metrô. Muitas pessoas acompanharam o trajeto de bicicleta e outros corriam para tirar fotos. Policiais militares em motos também fizeram a escolta, além dos soldados da Força Nacional.

No total, 102 atletas conduziram a tocha por 13,8 quilômetros na capital paulista. Entre eles, Mizael de Oliveira, ex-atleta de Futebol de 5, eleito melhor jogador do mundo da modalidade em 1998; Rui Marques, que ajudou a fundar a Federação Paulista de Basquetebol em Cadeira de Rodas (FPBSR) e José Afonso Medeiros, o Caco, que em Atlanta 1996, foi o único atleta da natação brasileira a conquistar uma medalha de ouro nas Paralimpíadas. Na Paulista, o primeiro a levá-la foi o judoca Rafael Silva, o Baby, medalha de bronze no judô.

O trajeto termina no parque do Ibirapuera, onde estão previstos shows e apresentações em frente ao Museu Afro Brasil. Na segunda, a tocha segue para Joinville, em Santa Catarina. Seis cidades brasileiras receberam a tocha paralímpica e 250 quilômetros foram percorridos no revezamento, feito por 700 condutores. A abertura dos jogos paralímpicos será na quarta-feira, dia 7 de setembro.