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Tite, do Corinthians, prega estabilidade para técnico da seleção brasileira

tite_AFP.jpgCampeão brasileiro, avaliado como um dos treinadores mais atualizados do país e tido como nome frequentemente especulado em caso de uma substituição no comando da seleção brasileira, Tite foi a presença mais badalada na sede da CBF, na tarde desta segunda-feira. A todo custo, tentou evitar responder perguntas que o ligassem à entidade ou à seleção brasileira.

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Recentemente, o treinador teria sido sondado para substituir Dunga. Nesta segunda, participou do encontro de treinadores realizado pela CBF. Perguntado com se sentira na entidade, Tite parou, refletiu e, primeiro, pareceu disposto a não responder. Até que disse apenas “bem”.

Mas foi enfático quando o tema envolveu a visão da opinião pública de que ele é o nome preferido para assumir a seleção.

– A estabilidade que tanto defendemos vale para clube e seleção – disse, deixando clara a sua posição de que o comando da seleção brasileira não deve ser mexido.

O técnico do Corinthians evitou comentar sobre o encontro com Marco Polo del Nero, presidente da CBF, presente em parte do evento. Assim como Dunga e Gilmar, técnico e coordenador da seleção, respectivamente.

Encontro de técnicos na CBF

Sobre as propostas de melhoria do campeonato, Tite listou o que vê como prioridade, como cursos de habilitação e tempo de trabalho para treinadores. Fez questão de bater na tecla de que se estabeleça um mínimo de 72 horas entre uma partida e outra. Mais adiante, perguntado se era a favor dos jogos às 11h, não deu espaço para dúvidas.

– Não, absolutamente não. E se não tiver um mínimo de 72 horas de recuperação, poderemos ver algo acontecer. Não pode precisar que um algum atleta morra para se mudar – disse Tite.

Único treinador a dirigir um mesmo clube da primeira à última rodada do Brasileiro de 2015, disse não se orgulhar da marca.

– O sentimento é de frustraçaõ, tristeza. Sinônimo talvez da falta de legislação para o tema, da falta de qualificação… E falo qualificação de todos: de nós, treinadores, para buscar um trabalho melhor; e de quem cuida do futebol. E, por favor: precisamos de um calendário melhor – emendou o técnico.