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Tite diz que pediu autonomia à CBF para assumir a seleção

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Após muita expectativa, o técnico Tite assinou com a seleção brasileira nesta segunda-feira. Ele concede neste momento a primeira entrevista coletiva, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. O treinador chegou por volta das 16h no local e visitou o museu da entidade antes de ser apresentado oficialmente.

Tite, a primeira entrevista

O ex-técnico do Corinthians foi muito questionado sobre o fato de ter assinado, seis meses atrás, um manifesto que pedia a renúncia de Marco Polo Del Nero da presidência da CBF.

– Quando houve o convite para conversa, houve dois aspectos fundamentais: autonomia de direcionar e a busca pela excelência. Adjetivos como transparência, democratização, excelência, modernidade.. essa é a forma que penso e trago para o futebol. A melhor maneira de dar minha contribuição é fazer o que sei, ser técnico de futebol. Eles permanecem como conceito em todas as áreas. Meu legado pode falar sobre isso.

Tite estreará no comando da seleção no dia 2 de setembro, contra o Equador, em Quito, pela sétima rodada das eliminatórias. Quatro dias depois o Brasil recebe a Colômbia na Arena da Amazônia, em Manaus.

– Vamos viajar amanhã para ver jogo da Colômbia (contra o Chile, nos EUA, na quarta-feira, pela Copa América). Tenho que me reinventar como técnico e quero assistir in loco a Colômbia – disse Tite.

LEGADO DE DUNGA

É precipitado, mas dá para trazer como ideia. Aproveita-se dentro do que se entenda ser o melhor, cada um com suas ideias, mas claro que se aproveita. Sou um técnico em formação, vai um tijolinho a cada dia, aprendemos com nossos erros. Não tenho problema algum em melhorar e aprender com acertos dos outros.

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RELAÇÃO COM A CBF

Fico muito tranquilo de conversar com a CBF. Não tenho problema pela minha conduta ética. Quando houve o convite para conversa, houve dois aspectos fundamentais: autonomia de direcionar e a busca pela excelência, o melhor do futebol. Isso eu sei fazer. Campo, análise de desempenho, eu me reformatar enquanto técnico porque seleção é diferente de clubes. Temos que classificar. A melhor maneira de dar minha contribuição é fazer o que sei, ser técnico de futebol.

SOBRE NÃO TREINAR NA OLIMPÍADA

Era muito fácil o técnico alinhavar uma situação, prever estar na Olimpíada, e trazer louros. Se ganha, medalha de ouro. Senão tem desculpa pronta de ter assumido em cima da hora. Isso eu não faço. A prioridade é a seleção brasileira e desenvolver trabalho em cima da classificação. Preciso ajustar, estar dentro dessa situação o mais rápido possível.

A CARA DA SELEÇÃO

Não tem que ter a cara do Tite, tem que ter a cara do Brasil e da qualidade individual dos atletas. Com a competitividade. Sistema que potencialize, não é minha cara, é a nossa, da característica dos atletas. Muita transição e rapidez com base da Seleção, afora qualidade técnica. Ajustar, potencializar, essa é minha função.