Moscou – Em um jogo no qual sabia o que iria enfrentar e que não poderia deixar de vencer, o Brasil fez sua parte contra a Costa Rica, ontem, em São Petersburgo. O triunfo por 2 a 0, entretanto, só foi conquistado nos acréscimos do duelo, válido pela 2ª rodada do Grupo E da Copa do Mundo Rússia 2018. Philippe Coutinho abriu o placar aos 46min e Neymar ampliou aos 52min, ambos no segundo tempo.
A atuação da seleção na segunda metade do jogo, aliás, animou o técnico Tite. Para o treinador, a equipe “deu aula” de futebol nos 45 minutos finais. Questionado sobre a repetição de alguns problemas encontrados na estreia contra a Suíça (empate por 1 a 1), Tite disse: “No segundo [tempo], [a seleção] deu aula. Grande segundo tempo. Grande segundo tempo. Três vezes: grande segundo tempo. Conseguiu botar volume, precisão, Navas [goleiro costarriquenho] jogou muito. No primeiro tempo não, o início foi nervoso, errando passe”, prosseguiu.
Apesar da “aula”, Tite admitiu que a seleção brasileira precisa melhorar nos próximos jogos. Na visão do treinador, a equipe ainda pode evoluir na criação das jogadas. “Em termos criativos e de construção, [a seleção] está devendo. Precisa ser mais equalizado, equilibrado”.
Individualidade
Entre as evoluções de um jogo para o outro na Copa, Tite falou sobre a atuação de Neymar. O treinador defendeu o camisa 10 e afirmou que a individualidade aparecerá quando a equipe estiver forte. Ele ainda criticou a pressão em cima de apenas um jogador. “Toda a individualidade aparece se o conjunto estiver forte, é desumano colocar a responsabilidade em um atleta. Eu tenho que assumir a minha responsabilidade, o Sylvinho, o Douglas Costa, para a individualidade surgir. O Neymar ficou três meses e meio parado e a partida anterior foi a primeira [inteira em campo]. Ele é um ser humano, precisa de tempo para retomar o padrão alto. Mas antes de um padrão alto, precisa de um time forte, de não ser dependente”.
