Cotidiano

Terra de gigantes

Exposto logo na entrada da loja de materiais de construção, o pepino gigante é uma atração à parte em meio aos objetos à venda. Ele foi deixado ali justamente com o intuito de atrair os olhares de clientes e de quem busca saber mais sobre essa produção.

O empresário Francisco Netto Lourenço possui uma chácara em Santa Maria às margens da PR 163 e se tornou popular na cidade por cultivar alimentos com tamanhos muito além dos tradicionais.

Dessa vez a novidade é o “pepinão” colhido na última semana e que representa um novo recorde. “Ele mede 73 centímetros e pesa 41 quilos. Fiz pesquisas de sites de outros países e não encontrei nada igual. No Brasil o maior registro até hoje é de um pepino com 33 quilos”, diz o produtor mais conhecido como Chico Netto.

Ele não esconde de ninguém o segredo para que esse e muitos outros alimentos cresçam dessa forma na propriedade rural.

“Preparo a terra com torra de mandioca, húmus de minhoca e bagaço de cana e a cova é feita seis meses antes do plantio. Primeiro planto a semente em um vaso e quando atinge dez centímetros vai para a terra”, diz ele.

Doce

O pepino ficará à exposição por mais um período, mas já tem um futuro definido. “Depois faremos doce e fica parecido com o de laranja. É só tirar a casca e a barrigada e cozinhar com cravo, canela e açúcar”, revela Netto ao dizer ainda que o pepino deve render cerca de 30 quilos de doce caseiro.

Abóboras

No ano passado o produtor ganhou notoriedade por uma colheita bastante inusitada. “Colhemos uma abóbora com 272 quilos, mas até 200 quilos para nós já não é muita novidade”, diz ele que se dedica ao cultivo de dezenas de variedades de abóbora na chácara de sua propriedade.

Superprodução

Outro alimento que ganhou destaque neste ano é a berinjela e entre 15 diferentes variedades plantadas, uma delas atingiu dois quilos. Na terra em que surgem os gigantes também há pimentas, jiló, melancia, entre outros alimentos. “Tenho um pouco da cada coisa e o diferencial além do tamanho são as variedades”, comenta Netto. A satisfação em compartilhar sobre o trabalho motiva a ele até mesmo a produção de uma revista, pelo menos a cada dois anos, com fotos de tudo o que a Chácara Paraíso tem de produtivo.