Cotidiano

Temer volta a negar que recebeu ou negociou caixa 2 para campanha

BRASÍLIA – Em meio ao depoimento de José Yunes que complicou a situação do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o Palácio do Planalto nega que o presidente Michel Temer tenha se beneficiado de caixa 2 nas eleições de 2014, quando concorria a vice da petista Dilma Rousseff.

Em dezembro passado, quando Cláudio Mello Filho fez uma delação premiada arrastando para dentro da Operação Lava-Jato Temer e seus principais ministros, o peemedebista divulgou uma nota oficial repudiando de forma veemente o recebimento de R$ 10 milhões de Marcelo Odebrecht por meio de repasses não contabilizados para a campanha eleitoral. Dois meses depois, Temer mantém a posição de que não recebeu nada ilegalmente e que todos as doações estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral.

Ontem, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência reafirmou que Marcelo Odebrecht participou de um jantar no Palácio do Jaburu onde recebeu pedido de ?apoio financeiro? de Temer, mas sem que o peemedebista tenha especificado valores a serem repassados.

? O presidente mantém esta posição, o presidente não admite caixa 2 e confirma que pediu apoio financeiro sem especificação de valor? disse a assessoria.

À tarde, por meio de nota oficial, o presidente lembra que a Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014:

?Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht, não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral. A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio?, diz a nota