Cotidiano

Temer reunirá centrais na próxima terça para apresentar reforma da Previdência

BRASÍLIA – O presidente Michel Temer apresentará na próxima terça-feira (11), às centrais sindicais a proposta de reforma da Previdência. Antes, o governo pretende aprovar a PEC que limita os gastos públicos.

No começo da tarde, Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civll) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) fizeram uma reunião com líderes e vice-líderes de partidos da base aliada pedindo “apoio total” na aprovação do teto. A votação, em primeiro turno na Câmara, está programada para a próxima segunda-feira (10).

? Houve um apelo total do governo aos líderes para que votem o mais rápido possível a PEC do teto. O presidente disse que fará um jantar no próximo domingo com todos os deputados da base, são mais de 400 ? relatou o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), ao sair do encontro.

Segundo ele, alguns partidos aliados já fecharam questão e votarão integralmente a favor do projeto do governo. Disse, no entanto, que outros, caso do Solidariedade, há ainda dificuldade em apoiar a matéria. Paulinho disse que há dificuldade em aprovar a PEC com limitação de gastos em saúde e educação, mesmo após a flexibilização feita pelo governo, de excluir do teto as duas áreas no ano que vem.

? Queremos discutir isso ainda, porque educação e saúde vão ficar sem poder aumentar gastos a partir de 2018, justamente quando há expectativa de o Brasil voltar a crescer ? avaliou.

PREVIDÊNCIA

Paulinho, que é presidente da Força Sindical, disse que após a reunião, o ministro Geddel Vieira Lima comunicou que o presidente Temer reunirá as centrais na próxima terça-feira para apresentar a reforma previdenciária.

? Primeiro, vamos votar a PEC do teto na segunda-feira. Na terça, vamos nos reunir para ouvir a proposta do governo. Agora, o presidente não pode nos mostrar as mudanças num dia e, no outro, mandar o projeto para o Congresso. Temos disposição de negociar, mas pontos como a idade mínima, por exemplo, só aceitamos para quem nasceu a partir de 2001, não para quem está no mercado de trabalho. O governo tem que ter muita paciência para negociar para a gente não tocar fogo no país ? disse o parlamentar.