Cotidiano

Temer recebe apoios e garante que fica até o fim

O presidente Michel Temer voltou a afirmar nesta quarta-feira (7), em meio a uma cerimônia no Palácio do Planalto, que conduzirá o governo federal até 31 de dezembro de 2018, data em que se encerra, oficialmente, seu mandato presidencial. No mesmo momento em que o peemedebista fez a afirmação, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) davam andamento ao julgamento que pode cassar o mandato de Temer.

Na semana passada, em um evento com empresários em São Paulo, o presidente já havia tentado demonstrar otimismo afirmando que a trajetória de seu governo não será "interrompida" e que ele chegará ao final de 2018 com a "casa em ordem".

Na manhã desta quarta, o TSE deu prosseguimento ao julgamento da ação apresentada pelo PSDB, em 2014, contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Se forem condenados pela Corte eleitoral, Dilma pode ficar inelegível por oito anos, e Temer pode ser deposto da Presidência da República.

O julgamento, que teve início em abril, foi retomado na noite desta terça (6). Na manhã desta quarta, houve nova sessão para analisar o processo. O julgamento seguirá pelos próximos dias.

"É com satisfação extraordinária que posso dizer que vocês dão injeção de otimismo para o nosso país. É com esta aura, animação, vigor que esta solenidade produz no governo que nós vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018", declarou o presidente ao finalizar seu rápido discurso na cerimônia de anúncio do Plano Safra 2017/2018.

Ao longo da declaração, Temer não fez qualquer menção ao julgamento em andamento no TSE. Apesar de ter optado por manter silêncio sobre a ação que pode cassar o seu mandato, o peemedebista tem acompanhado com atenção os desdobramentos na Corte eleitoral.

Na noite desta terça, o presidente chegou a cancelar de última hora uma agenda pública para assistir pela televisão, cercado de aliados políticos, a retomada do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral.