Cotidiano

Temer nega ter fechado acordo com PSDB para 2018

Temer.jpegGOA, ÍNDIA ? O presidente Michel Temer negou neste sábado que o seu partido, o PMDB, tenha fechado um acordo com os tucanos para a campanha eleitoral de 2018. Segundo ele, um arranjo como esse só poderia ser feito no fim do ano que vem. Durante a viagem oficial à Goa, na Índia, onde participará da cúpula dos Brics, ele comentou ainda a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar a chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff. Disse que cumprirá qualquer decisão, mas fez questão de ressaltar que esse processo vai durar bastante.

Há dois dias, o ministro Benjamim Herman do Superior Tribunal de Justiça determinou a quebra de sigilo de três gráficas usadas na campanha presidencial. Durante uma rápida entrevista coletiva, em Goa, o presidente foi questionado se isso poderia afetar a estabilidade do novo governo. Michel Temer disse que é muito atento à institucionalidade.

? Evidentemente, levando essa pergunta às últimas consequências, se um dia o Judiciário decidir, depois de todos os recursos que a chapa deve ser afastada, você sabe que evidentemente nós vamos cumprir essa decisão ? garantiu o presidente, que também advertiu:

? Agora, eu penso que é muito caminho para percorrer, muito argumento de natureza jurídica que será utilizado seja pela chapa ou individualmente por cada qual dos integrantes da chapa. Eu acho que isso ainda vai, penso eu, ter um longo caminho de natureza processual.

O presidente também foi questionado sobre uma possível aliança entre peemedebistas e tucanos para as próximas eleições presidenciais. Ele negou.

? Essa questão do PSDB e PMDB, eu vi a notícia no jornal, não há nada disso. Temos uma base de mais de 20 partidos e é natural que haja muitas vezes uma ou outra afirmação, mas ela é extremamente prematura, porque essas coisas só vão ser cogitáveis a partir do final do ano que vem, porque a eleição é em 2018 ? disse o presidente, que completou:

? Não há nenhuma previsão para essa espécie de aliança.

Segundo o presidente, o que há é a aproximação com todos os partidos da base aliada. Essa união permitiu ao governo ter uma vitória muito significativa, que foi a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos.