Cotidiano

Temer nega crise e garante ministro da Justiça no cargo

BRASÍLIA ? Após o Palácio do Planalto confirmar reunião com os chefes dos três Poderes para esta sexta-feira, o presidente Michel Temer negou desavenças e garantiu o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no cargo. Por meio do porta-voz, Alexandre Parola, Temer afirmou ainda que está “seguro” de que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos será aprovada pelo Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros, tem feito duras críticas à decisão judicial que motivou a Operação Métis, deflagrada pela Polícia Federal no Senado.

? O diálogo do presidente com esses interlocutores (presidentes dos poderes Judiciário e Legislativo) é permanente, fluido e desimpedido ? disse Parola, que classificou o encontro de sexta-feira como “apenas mais uma” manifestação concreta de tal diálogo.

Questionado no começo da tarde sobre a saída do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, Temer limitou-se a responder à noite por meio do porta-voz:

– A resposta é não.

Após a Operação Métis, na sexta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, chamou o juiz de primeira instância que autorizou a deflagração de “juizeco” e que a operação lançava mão de expedientes “fascistas”. A presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia, rebateu “exigindo” respeito aos juízes. Haveria uma reunião com Temer, Renan e Cármen ontem, mas a presidente do Supremo havia recusado. Pela indisposição de Calheiros, nesta quarta-feira, no Planalto, a reunião de sexta-feira era dada como improvável, mas no começo da noite o presidente do Senado informou que compareceria.

? O presidente Michel Temer está seguro de que o Senado Federal, na pessoa de seu presidente e lideranças, partilha desse consenso, e será parceiro decisivo para aprovação em caráter definitivo da emenda que cria um limite para o crescimento dos gastos públicos. Tanto que o Senado já fez um calendário ? declarou Parola, negando que as rusgas públicas entre os chefes dos Poderes influencie a votação da PEC no Senado. A PEC foi aprovada pela Câmara em dois turnos nesta terça-feira e chegou ao Senado nesta quarta-feira. A emenda precisa ser aprovada também no Senado em dois turnos, por três quintos dos parlamentares em plenário.

O Planalto ainda comemorou a decisão do STF nesta quarta-feira de proibir a desaposentação. Isto é, vetou a possibilidade de o trabalhador aposentado proporcionalmente que continua contribuindo e trabalhando pedir uma aposentadoria maior, que inclui