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Temer fala com COI que Olimpíada ocorrerá dentro da normalidade

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BRASÍLIA – O presidente interino Michel Temer procurou nesta segunda-feira, segundo dia útil de seu governo, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, para assegurar que apesar do turbulento momento político as Olimpíadas transcorrerão dentro da normalidade. Os dois conversaram pelo telefone.

Escalados para falar em nome do governo, os ministros Leonardo Picciani (ministro do Esporte) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) disseram que o governo não teme manifestações duranta a Olimpíada, mas ainda não está definido se Temer participará da cerimônia de abertura, no dia 5 de agosto. Os dois participaram de uma reunião ampliada com Temer e ministros de áreas envolvidas no mega evento.

– Não existem surpresas. A preparação das áreas está dentro do cronograma, dentro da normalidade. Estamos na fase final dos preparativos, numa expectativa positiva. O presidente Temer falou à tarde com o presidente do COI, Thomas Bach, foi uma conversa positiva. O presidente reafirmou todas as garantias do governo brasileiro para a realização dos jogos – afirmou Picciani, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, apesar de haver uma nova equipe ministerial a cargo do andamento do evento, todos os participantes da reunião estavam “bem informados” sobre a situação das obras e os preparativos relativos à segurança. A última obra a ser entregue, o velódromo, disse, está com 85% da área pronta.

– Não haverá descontinuidade. Não identificamos nenhum risco de continuidade neste final, estamos na fase de ajuste fino – disse.

Questionado sobre a repercussão negativa que o fato de o Brasil ter uma presidente afastada e um presidente interino no Poder em meio à realização dos jogos, Henrique Eduardo Alves, que era ministro de Turismo de Dilma, demitiu-se pouco antes da votação do impeachment na Câmara e retornou ao cargo sob Temer, minimizou:

– (A Olimpíada) Independe de questão politica. É muito maior. Vamos mostrar para o mundo a capacidade que o Brasil tem de fazer uma grande Olimpíada.

Dois jornalistas estrangeiros perguntaram sobre o risco que a epidemia do vírus Zika pode representar aos turistas e atletas. Picciani afirmou que no período em que acontecerão as competições, estatisticamente há baixa incidência do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Quanto à segurança, o ministro do Esporte disse que “não há problemas em relação a efetivos e à organização”.