Cotidiano

Temer e líder do governo combinam cronograma de votações

michel-temerBRASÍLIA – O presidente interino Michel Temer esteve nesta segunda-feira com o deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara, para combinar o cronograma de votações das matérias econômicas de interesse do Planalto. Moura admitiu, ao GLOBO, que a reforma tributária deverá ser enviada ao Congresso ainda este ano, mas que ela não será votada em 2016 por falta de tempo hábil.

– Ela vai chegar esse ano, mas não tem data para sair daqui – afirmou o líder do governo.
Outra pauta que deve ser adiada por tempo indeterminado é a votação do projeto que muda as regras de exploração do pré-sal, vinda do Senado e uma das mais polêmicas do pacote de interesse de Temer.
A partir da próxima semana, quando os deputados tentarão fazer votações às segundas e terças-feiras, a prioridade será votar as oito Medidas Provisórias (MPs) que tramitam na Casa e apreciar os destaques do projeto da renegociação da dívida dos estados com a União, cujo texto-base foi aprovado na Câmara na semana passada.
Como as votações sofrem obstrução do PT, o que pode durar horas, é improvável que essas matérias sejam aprovadas em meio às eleições e, depois, nos meses da “ressaca eleitoral” ou em dezembro, mês das festas de fim de ano.
– Outubro é mês de eleição, novembro é mês de ressaca e em dezembro tem as festas de fim de ano – disse André Moura.
Depois do encontro com Temer, o líder do governo contou que o peemedebista está especialmente interessado em tratar da PEC que fixa um teto de gastos públicos, cuja comissão especial foi criada, sem alarde, na última sexta-feira na Câmara. A ideia do governo é que a PEC já esteja pronta para ser votada em plenário em meados de outubro, nas semanas entre o primeiro e segundo turnos da eleição municipal. E que a matéria possa seguir para o Senado também em outubro. Temer Temer Temer Temer Temer Temer