Cotidiano

Temer debate com conselheiros estratégias para aprovar medidas econômicas

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BRASÍLIA ? A cúpula do governo debateu nesta sexta-feira estratégias políticas e técnicas para viabilizar a aprovação das medidas econômicas que tramitam no Congresso, como a PEC do teto de gastos, e também aquelas que ainda serão enviadas, como a reforma da Previdência. Na reunião chamada pelo presidente Michel Temer, em São Paulo, com o economista Delfim Netto, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, entre outros, integrantes do governo reafirmaram que a limitação dos gastos é a prioridade neste momento.

Teto de gastos – 16.09

Na abertura do evento, Temer afirmou que, quando voltar da viagem aos Estados Unidos, irá chamar as centrais sindicais, confederações e também os líderes com suas bancadas para tratar o tema. O presidente deseja tratar diretamente a articulação, junto ao ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

Interlocutores de Temer acreditam que é preciso debater o tema com os diversos setores para tentar que seja aprovado sem alterações. Politicamente, a estratégia é manter os diferentes setores da base aliada atendidos para gerar uma ?boa vontade? quanto às medidas no Congresso. De um lado, a ordem é fortalecer o líder do governo, André Moura (PSC-SE), representante do ?centrão?, para que este grupo de parlamentares mantenha o alinhamento ao governo Temer.

Em outra frente, o Palácio do Planalto pretende fazer um trabalho de ?evangelização? com todos os líderes da base. A ideia é orientar melhor os parlamentares sobre as medidas para que eles conheçam a fundo as propostas que irão defender. A intenção é que cada partido escale uma tropa de choque para atuar em plenário quando chegar o momento da discussão das propostas.

? Esse trabalho político envolve uma orientação melhor dos parlamentares da base e o aumento do poder do líder de articulação. O governo avalia que André Moura está fazendo um trabalho interessante com a base nos bastidores, então a tendência é que ele ganhe mais força e autonomia para a base ficar mais sólida. E os deputados têm de saber exatamente o que estão defendendo, porque isso ajuda na argumentação ? afirmou esse governista.