Cotidiano

Temer confirma a parlamentares que Marx Beltrão será o novo ministro do Turismo

BRASÍLIA – O presidente interino Michel Temer confirmou na terça-feira a parlamentares que o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL) será o novo ministro do Turismo. Segundo relatos de quem participou do encontro no qual Temer informou sobre sua decisão, o presidente interino quer resolver o mais rapidamente possível a situação da pasta, que está sem comando definitivo desde a saída de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) no último dia 16 de junho por suspeitas de envolvimento no escândalo da Lava-Jato.

De lá para cá, o Ministério do Turismo vem sido tocado interinamente por Alberto Alves, que era secretário-executivo da pasta. A nomeação de Beltrão deve sair ainda esta semana. O alagoano é uma indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ontem, após jantar com Temer, negou que tenha sugerido o nome.

? Eu não indiquei ninguém. As pessoas me atribuem um prestígio que eu não tenho. Não vou indicar ninguém para o governo enquanto for presidente do Senado. A independência dos poderes é incompatível com isso ? afirmou em rápida entrevista na porta do Palácio do Jaburu.

A nomeação foi acertada depois que Temer anunciou que devolverá o comando de Furnas à bancada de Minas Gerais do PMDB. Os mineiros já haviam levado o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), mas ainda insistiam na ampliação do espaço no governo. Com isto, Temer conseguiu superar as resistências entre os seis deputados da bancada, que se sentiram preteridos na reforma ministerial e exigiam recompensas do Palácio do Planalto.

Em junho, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu demissão do cargo após novas revelações da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Alves só sacramentou a demissão após receber a informação de que existem provas inéditas, desta vez documentais, contra ele, como antecipou o blog do jornalista Jorge Bastos Moreno, no site do GLOBO. Segundo integrantes da cúpula do governo e do PMDB, Alves teria sido informado sobre a descoberta de um depósito de empreiteira em uma conta sua na Suíça. Ele foi o terceiro ministro nomeado pelo presidente interino a deixar o cargo.