Cotidiano

Temer busca agenda econômica para neutralizar impacto da delação da Odebrecht

63163099_SP - MINISTROS-CONSTRUBUSINESS - ECONOMIA - Na foto ministro da Faz.jpgBRASÍLIA – Como forma de reagir às denúncias da Odebrecht, o presidente Michel Temer decidiu acelerar o anúncio do mini pacote econômica numa tentativa de retomar o crescimento e tentar escapar do foco da crise que arrastou o seu governo e a cúpula do PMDB para o centro da operação Lava-Jato. Temer convocou para a noite deste domingo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, além de outros ministros da área, para fechar o pacote, que terá entre seis a sete medidas.

Na tarde deste domingo, o presidente já se encontrou com o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que confirmou a reunião do presidente com a área econômica. Segundo ele, Temer fez uma avaliação sobre as denúncias, afirmando que confia nas instituições e no Poder Judiciário.Outro foco da reação de Temer é votar essa semana a PEC do Teto em segundo turno no Senado.

? Ele comentou que o foco é o ajuste fiscal, que confia muito nas instituições, na independência dos poderes, que confia muito no Poder Judiciário, nas investigações, mas que nada vai tirar o foco do ajuste fiscal ? afirmou Rosso ao deixar o Palácio do Jaburu.

Delação OdebrechtAlém de votar a PEC do Teto, Temer quer aprovar ainda essa semana, na Câmara, a admissibilidade da reforma da Previdência. Ele chamará os deputados aliados para uma conversa na terça-feira, a fim de fechar a estratégia de votações.

? Ele estava tranquilo e disse que não vai perder o foco diante do que está acontecendo ? disse Rosso.

Governistas avaliam pedir anulação da delação

Em paralelo à reação econômica, o governo traça estratégias para se defender da delação do executivo Cláudio mello Filho. Além de discutir os efeitos da denúncia sobre o Planalto e a cúpula peemedebista, governistas estão preocupados com uma eventual paralisia do Congresso, o que poderia tornar ainda mais difícil a vida do governo Temer.

As cúpulas do Palácio do Planalto e do PMDB do Senado avaliam a possibilidade de pedir a anulação da delação por ter sido vazada antes mesmo da homologação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Governistas lembram que a delação do diretor da OAS, Léo Pinheiro, que implicava o ministro do STF, Dias Toffoli, não foi homologada.