Cotidiano

Telecom Italia eleva meta de corte de custos para US$ 1,8 bilhão até 2018

MILÃO – A Telecom Italia, empresa italiana de telecomunicação que controla a brasileira TIM Participações, quase triplicou sua meta de redução de despesas para ? 1,6 bilhão (US$ 1,8 bilhão) até 2018 como estratégia adotada pelo novo diretor executivo Flavio Cattaneo, que busca melhorar a rentabilidade da companhia.

A meta anterior da operadora era de ? 600 milhões. Os cortes incluirão ? 800 milhões em custos operacionais e ? 800 milhões em despesa de capital, informou a empresa.

?Nossa meta é combinar a aceleração em desenvolver redes de ultrabanda larga ? mantendo a cobertura e a qualidade dos serviços ? com controle cuidadoso de custo?, afirmou Cattaneo no comunicado de ganhos trimestrais da companhia nesta sexta-feira.

Os ganhos antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 16% para ? 1,71 bilhão, disse a companhia, abaixo do ? 1,83 bilhão projetados por analistas do mercado consultados pela Bloomberg. As vendas da companhia recuaram 12%, para ? 4,4 bilhões, contra estimativas de ? 4,53 bilhões.

A receita do consumidor doméstico aumentou 2%, para ? 1,76 bilhão no primeiro trimestre. A dívida líquida recuou para ? 27,1 bilhões, ? 139 milhões menor do que o montante registrado no fim de 2015.

As ações da empresa italiana avançaram 1,1%, a ? 0,85, na Bolsa de Milão nesta sexta-feira. Este ano, os papéis já acumulam perda de 28%, o que confere valor de mercado de ? 15,5 bilhões à empresa.

Enquanto a companhia enfrenta contração nas contas telefônicas no mercado italiano diante, a Telecom Italia se depara com dificuldades da TIM Participações no Brasil diante da concorrência e a recessão econômica. Esta semana, a TIM nomeou Stefano De Angelis como novo diretor executivo, que entrou no lugar de Rodrigo Abreu.

A Telecom Italia nomeou Cattaneo como CEO em março com a intenção de contornar o desempenho fraco. Seu antecessor, Marco Patuano, foi retirado do cargo após conflito com a maior acionista da companhia, a francesa Vivendim controlada por Vincent Bollore.

Na Itália, onde a empresa gera cerca de 70% das vendas, a Telecom Italia apresentou oferta para controlar a empresa de redes de fibra Metroweb. A proposta entra na disputa com a Enel, maior empresa de serviços públicos do país.